Por OLHO DE BOTO
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi até a região do Ariri, comunidade a 33 km de Macapá, para tirar de ação uma quadrilha que estava praticando furtos e roubos, com ações violentas que aterrorizavam moradores ribeirinhos e famílias donas de propriedades produtoras rurais.
Dois homens que polícia acredita serem integrantes do bando foram presos e um pequeno arsenal de armas de grosso calibre com centenas de munições foram apreendidas, além de potentes motores de popa usados para o deslocamento da quadrilha durante os crimes.
A região é de difícil acesso e isolada. Foram necessários embarcações, voadeiras, e um guia para poder chegar aonde eles se escondiam.
De acordo com o tenente Willian Leite, do Bope, o bando era formado por criminosos que moravam as proximidades. Dois suspeitos foram cercados em uma casa no meio da floresta por uma equipe da Rotam – Companhia do Bope. Mesmo armados, eles não reagiram.
Com eles foram encontradas 4 armas de fogo, sendo um rifle calibre 22 e 3 espingardas, aproximadamente 300 munições, e 2 motores de popa com numeração raspada.
“Foram várias denúncias a respeito dessa quadrilha, que estava invadindo as propriedades da região, são sítios, propriedades ribeirinhas, onde praticavam furtos e roubos. Segundo relatos da comunidade, a ação deles era extremamente violenta quando encontravam algum morador na propriedade, eles fugiam muito rápido porque usavam motores muito potentes para se deslocar pelos rios e igarapés da região. Acreditamos que esses motores são roubados porque as numerações estavam todas raspadas”, informou o tenente Willian Leite.
Jodemias Barbosa Ramos, 26 anos, e Pedro Barbosa Ramos, 31 anos, foram levados para Macapá, onde foram apresentados, juntamente com os materiais apreendidos, no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Bairro Pacoval.
A polícia disse que já tem informações de outros membros da quadrilha que moram na região, mas não foram encontrados na ação desta segunda-feira.
“Os integrantes da quadrilha têm profundo conhecimento da região, conhecem os rios, conhecem a mata, então, não é fácil de capturá-los, mas já sabemos de quem se trata e vamos continuar atrás deles”, assegurou o oficial da Rotam.