Mortandade de peixes ainda pequenos assola comunidade no Araguari

Moradores dizem que mortes começaram a ocorrer após construção de barragem. MPE instaurou procedimento
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Por SELES NAFES

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou procedimento para apurar mais um episódio de mortandade de peixes, desta vez ocorrido na comunidade de Sapo Seco, no município de Porto Grande, às margens do Rio Araguari. A denúncia foi feita pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

O presidente da entidade, Moroni Guimarães, esteve na localidade a pedido dos moradores no último domingo (2), e registrou uma grande quantidade de peixes mortos de várias espécies, a maioria ainda em fase de crescimento.

“Segundo os moradores ribeirinhos da comunidade, os peixes estão morrendo este ano desde o dia 31 julho, quando baixou a água do Rio Araguari. Moradores que nasceram e foram criados na região afirmam que essas mortes só começaram depois da construção da barragem da UHE Cachoeira Caldeirão”, afirma o presidente da MAB.

Moradores recolhem peixes na lama…

…e devolvem ao rio. Fotos: Moroni Guimarães

Milhares de peixes ainda em crescimento têm aparecido mortos

Guimarães também registrou a tentativa de moradores de salvar peixes presos na lama. Alguns puderam ser devolvidos ao rio.

O presidente da MAB comunicou o episódio ao Ministério Público Federal e ao Ministério Publico Estadual, que confirmou nesta segunda-feira (3) a abertura de um procedimento para investigar a mortandade. A apuração será conduzida pela promotoria responsável por Porto Grande.

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