Com retorno de público, aumenta despejo de lixo na orla de Macapá

14 de agosto é o Dia do Combate à Poluição, mas na capital do Amapá, a população continua sujando a cidade sem se preocupar com as novas gerações.
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Por RODRIGO ÍNDIO

O Dia do Combate à Poluição é comemorado em 14 de agosto anualmente. Mesmo a data tendo como objetivo alertar a população sobre o grave problema ambiental e buscar medidas para conter a degradação do planeta, ainda falta conscientização.

Em Macapá, por exemplo, não há muito o que comemorar. A população continua sujando a cidade sem se preocupar com as gerações futuras.

A orla de capital, um dos pontos mais conhecidos e visitados, continua sendo alvo de despejo de materiais pelos frequentadores. Fotos: Rodrigo Índio, Marco Antônio P. Costa e Arquivo/SN

A orla de capital, um dos pontos mais conhecidos e visitados, continua sendo alvo de despejo de materiais pelos frequentadores. É o que aponta a Zeladoria Municipal de Macapá.

São garrafas de vidro, latinhas, baganas de cigarros, pneus [que caem de embarcações] e outros resíduos dentro do Rio Amazonas que levarão anos para se decompor na natureza e trazem um mal enorme para o próprio povo.

De acordo com o secretário de Zeladoria, Carlos Alberto Oliveira, mesmo com a pandemia, 340,97 toneladas de lixo foram retiradas de janeiro a julho deste ano da orla da cidade. Com a flexibilização da quarentena, o número de descarte irregular vem crescendo devido ao retorno de visitantes utilizarem o espaço, que contém lixeiras.

São garrafas de vidro…

… pneus que caem de embarcações…

… dentro do Rio Amazonas

“O que vem nos preocupando é que a cada dia que passa o descarte de resíduos na orla da cidade vem aumentando muito. Para se ter uma ideia, a média é de 49 toneladas de lixo branco recolhido pela nossa varrição mensalmente”, detalhou o Carlos.

Os gastos com esses serviços custam aproximadamente R$ 50 mil aos cofres do tesouro municipal.

“É um custo muito grande, as pessoas precisam ter um pouco de responsabilidade, de amor ao meio ambiente e amor a Macapá”, acrescentou o secretário.

Secretário de Zeladoria, Carlos Oliveira: “as pessoas precisam ter um pouco de responsabilidade, de amor ao meio ambiente e amor a Macapá”. Foto: Ascom/PMM

No período de isolamento social o trabalho de retirada de lixeiras viciadas da capital também cresceu. Somente no período de junho a agosto foram 24 pontos identificados de onde foram retiradas 1,971 toneladas de lixo. O material foi levado para o aterro sanitário e gerou um custo de pouco mais de R$ 120 mil para destinação final.

Além desta prática, há também o registro de aumento de poluição sonora na orla onde órgãos também trabalham para combater essa prática.

Os gastos só com serviços limpeza custam aproximadamente R$ 50 mil aos cofres do tesouro municipal

Denúncias

Vale lembrar que a pessoa flagrada despejando lixo em via pública será autuada e terá o prazo de 48 horas para fazer a retirada do material. A população também pode denunciar por WhatsApp, SMS ou ligação, através do número (96) 99147-1050. A identidade não será revelada. Também pode se dirigir ao prédio da Zeladoria, localizado na Avenida Maria Quitéria, nº 317, bairro Trem, na Zona Sul de Macapá, para denúncias.

Orla tem lixeiras espalhadas por sua extensão, mas pessoas continuando jogando lixo no chão ou no rio

Infração grave

Jogar lixo em via pública é considerado infração grave de acordo com a Lei Orgânica nº 054/2008 do município de Macapá, Artigo 44, onde prevê multas de até R$ 1.500,00, além de processos nas esferas penal (Delegacia de Meio Ambiente) e/ou judicial (Ministério Público).

Seles Nafes
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