Chapolin: Cabeleireiro e professora são condenados por furto

Denúncia citou 3 furtos, mas apenas um deles foi julgado no processo.
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Por SELES NAFES

O juiz Diego Araújo, da 1ª Vara Criminal de Macapá, condenou o cabeleireiro e a professora acusados de furtar veículos usando o famoso “Chapolim”, aparelho que bloqueia o sinal de travamento de portas de carros. Além de multas, cada um deles foi sentenciado a cumprir 2,9 anos de prisão em regime semiaberto. Ambos poderão recorrer em liberdade.

A denúncia do Ministério Público do Estado citou três furtos ocorridos entre 2016 e 2017. Em todos os casos, as vítimas tinham estacionado os veículos no centro comercial de Macapá e na orla do Bairro do Araxá, e quando retornaram perceberam que os carros foram abertos, sem arrombamento. Vários objetos foram levados, como smartphones e até uma pistola ponto 40.

No entanto, apenas o furto da pistola foi mantido no julgamento, por questões processuais. Outros casos serão julgados separadamente.

Benivan Araújo e Márcia Farias negaram participação nos furtos. O cabeleireiro disse que nenhum objeto furtado foi encontrado com ele pela polícia. Por outro lado, Márcia alegou que não sabia quem colocou os bens furtados dentro do porta-malas de seu carro.

Benivan é cabeleireiro em Santana, mas responde por furtos

Márcia Farias chegou a dar entrevista ao portal em maio de 2017 negando o crime. Foto: André Silva/Arquivo SN

O magistrado achou frágil a defesa dos réus.

“(…) Ainda, que foram apreendidos com os réus Benivan e Marcia, diversos aparelhos ‘chapolin’ utilizados para impedir o acionamento da trava automática dos veículos. A eficiência dos aparelhos foi confirmada pelo laudo pericial”, comentou o juiz.

“Há provas robustas de que os acusados agiam conjuntamente para a prática delitiva, tanto é assim, que após o trabalho de investigação da polícia foi possível chegar aos réus e realizar a apreensão de diversos aparelhos celulares e dispositivo bloqueador de trava de veículos, sendo que o produto dos furtos era dividido de acordo com o gênero, sendo feminino ficava com a ré Márcia, se fosse masculino, com o réu Benivan”.

Benivan responde a outros processos semelhantes pelo mesmo crime. Em julho passado, chegou a ser preso novamente. Ele também já tinha sido condenado em 2018.

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