Quatro dias depois da primeira ação, a Polícia Federal no Amapá voltou a cumprir ordens judiciais contra uma suposta quadrilha especializada em falsificar documentos e inserir dados falsos para regularizar ilegalmente ao domínio de latifundiários terras da União.
A ação que ocorreu nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (22) corresponde às segunda fase da Operação Capitania Hereditária.
Desta vez, os agentes federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Macapá, um deles na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e uma ordem da Justiça para afastar de suas funções públicas um servidor efetivo, que não teve o nome divulgado pela polícia.
Segundo as investigações, ele seria um dos responsáveis por inserir dados ideologicamente falsos de imóveis rurais pertencentes à União, atribuídos a posses particulares, no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF) – procedimento fundamental para consolidar a regularização irregular. Na prática, é uma “grilagem eletrônica” de terras.
Os crimes investigados na Operação Capitania Hereditária são de falsidade ideológica, inserção de dados falsos no sistema de informações, invasão de terras públicas da União e organização criminosa.