Quatro novos métodos de combate ao mosquito aedes aegypti foram desenvolvidos por pesquisadores do Instituto Estadual de Pesquisas do Amapá (IEPA). As alternativas vão desde o uso de hormônios do crescimento, de atração de predadores naturais até armadilhas para o transmissor de endemias como dengue, febre amarela, zika e chikungunya.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), responsável pelas ações de combate ao mosquito do Estado, começou um estudo técnico para escolha do método que melhor se encaixe à realidade do Amapá, sobretudo na capital, Macapá, onde o índice de dengue geralmente é maior.
Uma das técnicas consiste em exterminar as larvas do aedes, através do bácilos thurigienses – nome científico do produto Vectobac. Nela, o produto é depositado em um recipiente de vaso com terra, onde o mosquito deposita as larvas.
Já o segundo método adota a aplicação de hormônio do crescimento em mosquitos do aedes jovens, impedindo que o mosquito chegue à fase adulta.
A terceira alternativa propõe o uso de armadilhas dispersoras, que usa a aplicação de inseticida em pó em recipientes em diferentes casas, prevendo que o aedes irá pousar e levar o pó para outros reservatórios do mosquito.
A quarta técnica seria o cultivo de uma planta indiana, a crotalária, utilizada na agricultura para adubo. A flor amarela desse vegetal atrai insetos, em especial a libélula, que é um predador natural de mosquitos, entre eles o aedes. Essa técnica é um projeto desenvolvido pelo pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Gilson José.
Os projetos, que são coordenados pelo diretor de pesquisa do Iepa, Alan Kardec Galardo, serão estudados e analisados pela a SVS, que vai verificar qual dentre os quatro é a melhor alternativa para o Amapá. A escolha leva em consideração aspectos técnicos como a logística necessária para cada um ser implementado.