Governo Bolsonaro até agora não demonstrou claramente intenção de distribuir pelo SUS a vacina chinesa, a primeira a ficar pronta. Com isso, após articulação conjunta com o senador Ranfolfe Rodrigues (Rede), João Doria (PSDB) e outros governadores avaliam formar um consórcio de estados para garantir a distribuição da CoronaVac no país, caso o governo resista a fornecer o imunizante pelo sistema público de saúde. A fase de testes termina dia 15 de outubro.
Na segunda-feira (5), em encontro no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, Randolfe e o governador de São Paulo já haviam combinado a articulação para ampliar a distribuição da vacina para o Amapá e outras regiões do país.
Para alinhar as informações sobre a produção e distribuição da vacina, os dois haviam decidido atuar em duas frentes: Randolfe reunindo com líderes no Senado e Dória nivelando com os estados do Consórcio da Amazônia, do Nordeste e Centro-oeste.
Trata-se da primeira vacina a chegar nessa etapa, mas o governo só mostrou interesse em negociar com o governador de São Paulo a compra das doses do Instituto Butantan na quinta (8). Essa lentidão do Ministério da Saúde levantou entre os governadores a suspeita de que Eduardo Pazuello estaria, em nome de Jair Bolsonaro, estimulando a luta politica dos estados pela vacina.
Os governadores entenderam o recado e tratam de buscar a união.