Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
O sonho de uma vida de trabalho consumido pelas chamas em pouco mais de 20 minutos. Isso foi o que aconteceu com Maria Alaíde Cortes Pastana, de 70 anos, que perdeu a casa no incêndio que ocorreu na quinta-feira (15) na avenida Acelino de Leão, no Bairro do Trem, zona sul de Macapá.
A casa dela, onde morava com o filho e o marido, pegou fogo rapidamente, e a única coisa que puderam fazer foi salvar um aparelho de televisão e a si próprios. O fogo, que começou no gerador de um depósito de bebidas que fica na esquina da avenida Acelino de Leão com rua General Rondon, pegou em sua casa e mais outras duas.
Na parte da frente, excetuando-se parte do forro de PVC, quem olha de fora tem a impressão de que a casa está intacta e nada aconteceu. Antes fosse assim. Basta entrar pelo corredor lateral que ver o estrago feito pelas chamas.
Cozinha, área e o quarto do filho, foram totalmente consumidos. O quarto dela e do esposo e parte da sala queimaram um pouco menos. Mas o estrago no total é muito grande. A senhora conta que estava sentada no pátio quando viu as chamas e a fumaça bastante enegrecida.
Foi o tempo de correr pra dentro, chamar o filho, o marido, que está com um problema na coluna e se locomove com dificuldade. Salvaram-se e pegaram uma única televisão. Uma neta, que estava na parte de cima, na casa da filha construído em sobrado, já estava lá fora. A casa da filha também teve perda total.
“Demorei 32 lutando para construir essa casa. Muito sofrimento, muito trabalho. Perdemos de roupas, à todos os eletrodomésticos, documentos, tudo. Meu marido conseguiu andar rápido que quando foi de noite, ele não aguentava de tanta dor”, desabafou Maria Alaíde.
A família está dormindo na casa do irmão, assim como os moradores das casas ao lado, que estão em casas de parentes e amigos. A vizinhança é formada praticamente por uma mesma família, por pessoas que são parentes. A casa não tem condições de abrigar ninguém e o cheiro de fumaça ainda é forte.
Vendedora de lanches na rua quando mais jovem, Maria não tem aposentadoria e conta com a solidariedade de amigos, familiares e pessoas que se sensibilizem para poder reconstruir sua moradia.
“Eu quero minha casinha. Dinheiro, material de construção, roupa, eletrodoméstico. Eu perdi tudo. Meu filho veste 56, nós estamos sem nada. Aquele ali [marido] quer ficar na casa, falou que vai trazer uma rede, mas não tem nenhuma condição. Agora queremos contar com a ajuda das pessoas”, finalizou Maria.
Para ajuda, os filhos da Dona Maria estão recebendo doações nos números (96) 99186-1654 e (96) 98406-6942.