Após pandemia e apagão, Macapá enfrenta a maior chuva de 2020

Avenidas, ruas e casas foram para o fundo na tarde deste domingo (22)
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A vida do macapaense, definitivamente, não tem sido fácil. Sequer os problemas com o racionamento de energia elétrica foram superados e um novo problema atingiu a cidade. A chuva da tarde deste domingo (22) colocou diversos pontos da cidade embaixo d’água, alagando ruas e casas.

Claudomiro de Moraes, Treze de Setembro, ruas do Beirol. Trem, Santa Rita, Timbiras, Ivaldo Veras, Laguinho, Binga Uchôa no centro de Macapá e outros tantos pontos da cidade sofreram com as chuvas e alagamentos.

Segundo o meteorologista Jefferson Vilhena, do Iepa, a chuva que durou cerca de uma hora foi a mais intensa de 2020. Novembro é o mês em que se inicia a transição para o inverno amazônico, quando as chuvas já são esperadas.

 

Em um dos pontos de alagamento, na Avenida Timbiras, no trecho entre a Rua Santos Dumont e o Conjunto Laurindo Banha, no Bairro do Muca, zona sul de Macapá, há uma área mais baixa, propícia para alagamentos. Hoje não foi diferente.

Um dos moradores do local, o estudante de geografia e agente de endemias Guilherme Vitorino, de 23 anos, falou ao Portal SelesNafes.Com e criticou a falta de planejamento para o escoamento das águas pluviais do perímetro.

“Infelizmente não é de hoje que acontece isso aqui na avenida. Aqui nós sofremos com essa área de bacia de acumulação do residencial São José. Infelizmente, a falta de planejamento da PMM, eu acredito que seja isso, não pensou nos transtornos que uma chuva mais forte, que é muito comum na nossa região amazônica, pudesse transbordar o lago, a área de ressaca e encher as casas. Aqui nessa área, toda vez que chove uns 10, 15 minutos, a água entra nas casas, as pessoas têm que erguer os móveis”, declarou Guilherme.

Como a chuva de hoje foi mais forte que o normal, o agente de endemias informou que um número maior de casas foi atingido. Há um vídeo do local, onde os moradores aparecem colocando entulho na rua para interditar a passagem de carros.

Mesmo com a água bastante alta, motoristas insistiam em passar, o que provocava ondas e levava mais água ainda para dentro das residências.

Às 20h50, na última atualização que Guilherme informou para o Portal SN, os moradores estavam com picaretas tentando abrir caminhos por onde a água pudesse escoar.

Até este horário, várias horas após o fim da chuva, a água ainda estava alta, sem ter escoado.

Seles Nafes
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