Na Unifap, usinas solares vão gerar energia suficiente para 500 casas

Unifap paga hoje uma fatura mensal de R$ 170 mil só em seu campus principal, e agora quer gerar pelo menos 40% de sua energia
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) está na vanguarda do debate e da efetividade quando se fala em produção de energia limpa. Duas usinas de energia solar irão produzir cerca de 40% de todo o consumo da universidade.

A primeira usina deverá ficar pronta em março de 2021, e a segunda entre julho e agosto. As duas juntas irão produzir 1.394 KWp (kilowatss pico), o suficiente para manter cerca de 500 residências com consumo médio de 300 kw.

A vida útil dessas usinas pode chegar a 30 anos, sendo que em apenas sete anos a economia já compensará o valor total investido, sem contar a necessidade da sustentabilidade.

Sistemas

Há dois tipos mais usuais de sistemas de geração de energia fotovoltaica. Há os sistemas autônomos, que são aqueles onde a unidade produtora armazena a energia através de baterias. São as mais comuns para pequenas empresas, residências e locais isolados, sem interligação com a rede elétrica.

O investimento em baterias para um sistema autônomo seria alto demais e não compensaria. A opção da Unifap foi pelos sistemas conectados à rede elétrica, ou seja, a energia produzida entrará na rede de distribuição comum a todos os consumidores amapaenses e será transformada em crédito pela CEA. Os valores serão abatidos na conta.  

Técnicos montam usinas que irão gerar energia suficiente para 500 residências. Fotos: Marco Antônio P. Costa

Investimento será alcançado a partir do sétimo ano

A Unifap gasta por mês cerca de R$ 170 mil por mês com a conta de luz, no Campus Marco Zero, o maior e principal da instituição, localizado no Bairro Zerão, zona sul de Macapá, onde estão sendo instaladas as duas usinas fotovoltaicas.

O custo do projeto é R$ 5,37 milhões, sendo a metade custeado pelo Ministério da Educação e os outros 50% por meio de emenda do senador Lucas Barreto (PSD).

Incentivo à energia solar e pesquisa

Além da economia, o projeto também servirá como um laboratório aberto aos estudantes da universidade, como por exemplo os do curso de engenharia elétrica e de incentivo geral à pesquisa e ao incentivo à energia elétrica.

“Além de promover essa redução na fatura de energia elétrica, as usinas irão servir de laboratório à céu aberto para os estudantes de graduação, assim como para a comunidade externa com visitas técnicas guiadas”, explicou o professor Alan Ubaiara, coordenador do projeto “Unifap solar”.

Alan Ubaiara, coordenador do projeto: laboratório à céu aberto

Raimundo Brazão: contribuição para o debate

Eficiência energética

A prefeitura do Campus Marco Zero tem realizado ações do que chama de eficiência energética, que envolve, dentre outras coisas, a troca das lâmpadas comuns por lâmpadas de LED e, é claro, a implantação das usinas. A ideia é que os outros campi da universidade também recebem usinas próprias posteriormente.

“Essa ação dará uma nova cara e dinâmica para a Unifap e também é nossa contribuição para esse importante debate” declarou  Raimundo Brazão, prefeito do Campus Marco Zero.

Seles Nafes
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