Por RODRIGO ÍNDIO
Enquanto a polícia continua a “caçada” ao suspeito de ter assassinado a própria companheira, de 27 anos, na noite de sexta-feira (11), no Conjunto Macapaba, zona norte de Macapá, a família chorou ao velar o corpo da vítima e fez revelações surpreendentes.
Durante a despedida, familiares de Ingridy Cordeiro da Silva confirmaram que ela estava grávida de aproximadamente 3 meses daquele que viria a ser seu assassino. Ele é conhecido como “Ed” ou “Sorvetindo”, mas ninguém informou o nome completo dele.
“Ela estava grávida. Eu creio que era de dois para três meses já. Ela e ele já tinham a total certeza de que eles iam ter um filho”, disse uma parente.
A mulher detalhou que o casal morava num apartamento cedido pela mãe do assassino. As filhas da vítima também moravam no imóvel. Sobre o que teria ocorrido na cena do crime, a família disse que pouco sabe.
“Soubemos aqui que ele mesmo fez o socorro dela. Pediu ajuda do cunhado dele para fazer a retirada do corpo dela de dentro do apartamento até o hospital. Quando chegou no hospital, deixou ela lá, disse que era uma conhecida dele, que ela tinha sofrido um assalto e deu o nome dela errado”, acrescentou.
Ingridy deu entrada no HE vítima de um tiro, e acabou não resistindo.
Maus-tratos
Ainda de acordo com a família, ela estava neste relacionamento havia 4 meses e era maltratada. Ela havia se separado de Ed e passou uma semana morando com uma amiga. Contudo, acabou retornando para casa dois dias antes de morrer.
“Certamente ele ficou com medo dela ir embora novamente e veio acontecer isso. Ela iria se separar, disse que essa vida não era mais para ela, que ia embora, ia viajar. Que não queria ver as duas filhas crescerem vivendo essa vida que não é certa”, detalhou uma tia.
As filhas
A mulher disse que a jovem sonhava em dar o melhor para as filhas.
“Era uma pessoa encantadora, alegre, espontânea, vivia para as filhas, gostava de muito luxo, era uma menina super luxuosa, vaidosa e gostava muito de viajar. Não gostava de ser presa por ninguém. A gente quer justiça da terra e a de Deus”, concluiu.
O relatório da Polícia Militar classificou o crime como feminicídio, e aponta o companheiro dela como principal suspeito, informando que “ele não foi encontrado.”
O corpo de Ingridy Cordeiro será sepultado na manhã deste domingo (13), no cemitério São Francisco de Assis, na BR-210.