Por RODRIGO ÍNDIO
Menos de um mês após sua morte, o túmulo de Ingridy Cordeiro da Silva, assassinada aos 26 anos, supostamente pelo namorado, quando estava grávida de 3 meses, foi violado. A Polícia Civil investiga o caso.
A constatação foi feita pela família na tarde do dia 1º de janeiro. Por volta de 17h30, a tampa da gaveta da sepultura estava danificada e o caixão aberto, visivelmente violado.
Possivelmente vítima de feminicídio, Ingridy foi morta com um tiro na cabeça na noite do dia 11 de dezembro, dentro de um apartamento no Conjunto Macapaba, zona norte de Macapá. O principal suspeito é o companheiro dela na época, conhecido apenas como “Ed” ou “Sorvetinho”. Ele continua sendo procurado pela polícia.
De acordo com Ivanete Silva Cordeiro, mãe de Ingridy, com a descoberta da violação, foi registrado um boletim de ocorrência e uma equipe da Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec) esteve no cemitério São Francisco de Assis, na BR-210, zona norte, realizando perícia nas evidências encontradas na última segunda-feira (4).
“Eles [peritos] constataram que realmente foi violado o túmulo dela. A gente quer uma reposta para saber o que realmente aconteceu. Me senti desrespeitada e triste mais ainda. Poxa, minha filha foi morta de tiro e ainda acontece isso, é muito só para uma mãe”, desabafou Ivanete.
A família cobra justiça e celeridade para capturar o assassino de Ingridy e do bebê que ela esperava.
“Queremos que ele [suspeito] seja preso para pagar o que ele fez. Só teremos um pouco de alento quando ele for preso. Peço, pelo amor de Deus, que se alguém ver ele, que denuncie”, finalizou a mãe.
Durante a reportagem, as duas filhas de Ingridy, uma de 2 anos e outra de 5 anos, estavam na casa. A caçula viu a foto da mãe e vivia chamando por ela. A mais velha mostrava fotos e dizia sentir saudade da genitora. A família afirma que as meninas choram bastante ao sentir falta de Ingrid, principalmente na hora de dormir.
A família entrará na Justiça para fazer a exumação do cadáver e constatar se algum membro foi removido.