Por RODRIGO ÍNDIO
Dor, comoção, tristeza e indignação marcaram o velório do mototaxista Silvan dos Santos Farias, de 40 anos, que foi brutalmente assassinado e teve o corpo jogado em um poço, supostamente a mando de uma facção criminosa. O velório ocorreu na tarde de quinta-feira (14) em uma capela na zona sul de Macapá.
A vítima estava desaparecida desde o Natal de 2020. O corpo só foi encontrado após a prisão de Adriano Tavares Pureza, que confessou o crime e mostrou à polícia onde havia jogado o mototaxista morto.
O cadáver foi encontrado em uma área particular, localizada na linha E do KM-9, zona oeste de Macapá, 17 dias após seu desaparecimento.
A despedida teve homenagens e protestos. Silvestre Farias, pai da vítima, que enfrentou uma labuta diária e não descansou até descobrir o paradeiro de seu filho, não conteve a emoção no momento do adeus.
“É a maior tristeza da minha vida. Cortou meu coração, é o mesmo que minha morte. A vida tirada do meu filho foi tão brutal, meu filho não merecia isso”, desabafou.
Sandro Farias, irmão de Silvan, diz que seus pais não conseguem mais dormir com a ausência do filho. A família cobra celeridade e mais atenção no caso.
“É um momento de muita tristeza que nossa família está passado. Fomos vítima de um psicopata bárbaro, que acabou com a vida do meu irmão. Tudo que nós queremos é justiça, vingança não leva a nada, mas que as autoridades se posicionem para que esse tipo de crime não volte a acontecer”, cobrou.
Silvan deixa dois filhos pequenos, que também estavam muito abalados pela perda do pai. As crianças choravam nos braços dos avós, compartilhando da aflição e saudade.
Após a missa de corpo presente, o cortejo feito por colegas de profissão seguiu pelas ruas de Macapá, parou em frente ao Fórum Leal de Mira, para um protesto, e seguiu para o Cemitério São José, no Buritizal, onde Silvan foi sepultado, por volta das 18h.