“Não pude nem planejar”, diz ex-secretário de Educação de Macapá

Almir Abreu não explicou o motivo da saída, mas negou que tenha suspendido obras. Contudo, o ex-gestor falou de dificuldades
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Por SELES NAFES

Primeiro secretário municipal a cair no primeiro escalão do prefeito Antônio Furlan (Cidadania), o professor Almir Abreu negou, na tarde desta terça-feira (2), que tenha mandado suspender obras. Contudo, ele admitiu que mandou rever contratos, e que não tinha liberdade para nomear gestores ou planejar.

Almir Abreu ficou dois meses no comando da Educação de Macapá. Ele foi demitido hoje após divergências sobre a condução da pasta. Fontes informaram que ele teria suspendido obras e contratos de empresas que não teriam apoiado a campanha de Furlan.

Num posicionamento enviado ao Portal SelesNafes.Com, ele não entrou em muitos detalhes, mas negou que tenha suspendido obras.

“(…) Desminto peremptoriamente, pois sei qual a necessidade da rede física escolar do município de Macapá, inclusive estive sábado (27) o dia todo em São Joaquim do Pacuí com a equipe da Semed para vistoriar a conclusão da obra e entregar equipamentos e materiais necessários ao bom funcionamento de uma unidade escolar”.

Em relação aos contratos, no entanto, ele admitiu ter mandado revê-los alegando preocupação com a legalidade da aplicação de dinheiro público.

“(…) A assessoria jurídica da Semed era instada para balizar, e, necessitando de um aprofundamento legal, encaminhávamos os processos à Procuradoria Geral do Município para parecer final, ao qual dava a legalidade buscada por esse gestor”, explicou.

O ex-secretário disse que sua saída foi de comum acordo com o prefeito, e que procurou colocar em prática o planejamento do setor, que incluía o pagamento das progressões, aposentadorias, licença prêmio, construção de escolas, chamar concursados e lotá-los nas escolas, além do plano de retorno de retorno presencial às aulas.

“Ao aposentar um professor, tenho mais dinheiro para chamar os concursados. É uma lógica. Porém, alguns empecilhos se apresentaram no caminho, não consegui afastar”, revelou.

Amir Abreu negou suspensão das obras, mas revelou dificuldades na gestão. Foto: Reprodução

Almir Abreu também reclamou da falta de liberdade para nomear gestores escolares.

“Ficar sem diretores e chefes até a presente data me arrebentou, mais continuava com o firme propósito que tudo iria dar certo. Fiz de tudo para resolver os problemas que vinham aparecendo, pois não me foi permitido nem planejar. Com muito esforço e com uma equipe diminuta conseguimos fazer muito, mas não o suficiente”.

“Saio de cabeça erguida e com o sentimento do dever cumprido. Me coloco à disposição para dissipar qualquer dúvida dos procedimentos que tomei enquanto secretário de Educação”.

Seles Nafes
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