Por SELES NAFES
O Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão federal de controle das operações de todo o sistema elétrico interligado do Brasil, foi multado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em R$ 5,7 milhões.
A Aneel considerou que o ONS deixou de adotar medidas para garantir a confiabilidade da transmissão de energia no Amapá, especialmente depois que um dos transformadores entrou em manutenção, em novembro de 2019, na subestação da Isolux, zona norte de Macapá.
Para a agência, a saída de operação do transformador deixou o sistema frágil no Amapá. No dia 3 de novembro de 2020, um ano depois de a máquina entrar em manutenção, uma explosão destruiu um transformador e afetou o segundo.
O terceiro transformador, que deveria entrado em operação como back-up, era o mesmo que estava em manutenção há um ano. O acidente causou um apagão total de 4 dias em 13 dos 16 municípios do Amapá, e um racionamento que durou mais 19 dias.
“(…) O ONS deveria ter adotado medidas operativas adicionais de segurança tendo em vista a situação de fragilidade encontrada na Subestação Macapá diante da indisponibilidade do Transformador T2 a partir de 30 de dezembro de 2019”, diz trecho da decisão da Aneel.
O ONS divulgou que apresentará recurso administrativo em 10 dias “prestando os devidos esclarecimentos e apresentando as evidências para demonstrar que atuou conforme as suas responsabilidades”.
A empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), já tinha sido multada pela Aneel em R$ 3,6 milhões.