O Ministério Público Eleitoral pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do mandato do deputado estadual do Amapá Zezinho Tupinambá (PSC), acusado de compra de votos nas eleições de 2018.
Segundo a denúncia do MP Eleitoral, o parlamentar prometeu vantagens a moradores de conjuntos habitacionais da capital Macapá em troca de apoio à sua candidatura. A compra de votos teria sido flagrada durante operação realizada em outubro de 2018 pelo MP Eleitoral e a Polícia Federal, no residencial Macapaba, zona norte de Macapá.
A fiscalização resultou na prisão de duas mulheres, cabos eleitorais do candidato, além da apreensão de material contendo dados pessoais e demandas de dezenas de eleitores, como cesta básica, botijão de gás, materiais de construção, contas de energia, entre outras.
Segundo o MP Eleitoral, em depoimento, logo após o flagrante, elas afirmaram receber pagamento semanal de R$ 100 para oferecer vantagens aos eleitores em troca de votos para Zezinho Tupinambá. Segundo relataram, o trabalho de cooptação de eleitores vinha sendo realizado nas três semanas que antecederam o pleito e os pedidos eram atendidos em até sete dias.
O caso começou a ser julgado na terça-feira (15) no plenário do TSE, mas foi suspenso após pedido de vista do ministro Edson Fachin. Já o relator do caso, ministro Mauro Campbell Marques, considerou não haver provas robustas e consistentes para responsabilizar o deputado estadual pelo esquema de compra de votos.
Ainda não há previsão de data de retomada do julgamento.