Motoristas de app pedem redução do ICMS da gasolina no Amapá

Categoria fez ato nesta terça-feira (24), em Macapá
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Por RODRIGO ÍNDIO

Seguindo uma pauta nacional, motoristas de aplicativos do Amapá fizeram ato nesta terça-feira (24) pedindo redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelo governo do Estado sobre a gasolina. Segundo a organização da manifestação, mais de 300 trabalhadores divididos em 36 equipes participaram do ato, em Macapá.

A manifestação teve concentração às 8h na Praça do Poeirão, no Bairro Santa Rita, passou pela Assembleia Legislativa do Amapá e seguiu com buzinaço até o Palácio do Setentrião, sede do governo estadual, onde os motoristas usaram os carros para fechar o trânsito na Avenida FAB e a Rua General Rondon. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores por Aplicativo de Macapá (Sintransp-AP), Charles González, a categoria é composta por cerca de 6 mil trabalhadores, prejudicados por fazer corridas de menor valor gastando mais combustível. Ele diz que isso também influencia para os constantes cancelamentos de corridas.

“Justamente, isso é o reflexo da situação que passamos. O que acontece é que hoje o motorista tem que escolher a corrida que melhor lhe convenha para que ele não saia no prejuízo. Foi como eu falei, não é só o motorista de aplicativo que perde, mas sim também a população que deixa de ter um serviço de qualidade”, detalhou.

González destacou que a classe busca diálogo com governo estadual para diminuição no ICMS, mas ainda não foi atendida. Pai de 2 filhos e casado, Claudinor Sousa, de 41 anos, trabalha há 3 anos como motorista por aplicativo, e diz que não têm sido dias fáceis, mesmo trabalhando em dois turnos.

“A gente paga altas taxas pro aplicativo e pro combustível que está tendo constante aumento, então, a gente vem de forma pacífica em busca de um estudo do governo do estado para reduzir o ICMS para poder o motorista de aplicativo ter um ganho a mais e ter como viver com sua família. Já protocolamos junto ao GEA e Alap documentos para dialogar, mas não somos ouvidos e queremos ser”, disse.

Motorista se concentraram na Praça do Poeirão: Fotos: Rodrigo Índio

…passaram pela Alap e Palácio do Setentrião

Charles Gonzáles, presidente do sindicato: população também perde

O assunto vem sido discutido pela categoria na maioria dos estados. O Portal SelesNafes.Com apurou que, em relação à gasolina, a média nacional mostra que 28% do preço é de ICMS [no Amapá esse valor é de 25%], outros 14% são relativos ao PIS/Cofins e 2% da Contribuição da Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que são tributos federais.

Sendo assim, os tributos (estadual e federal) representam cerca de 43% do preço da gasolina, sendo a maior parcela do ICMS. O restante da composição é de custos de produção, distribuição e vendas nos postos de combustíveis.

O governo do Amapá ainda não se posicionou sobre o assunto.

Claudinor, de 41 anos: dias difíceis

Seles Nafes
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