O transtorno diário que milhares de motoristas enfrentam todos os dias na problemática Rodovia AP-010, a “Duca Serra”, pode estar perto de uma solução. O assunto foi uma das pautas tratadas entre o governador do Estado, Waldez Góes (PDT), e o comandante militar do Norte, general de Exército Oswaldo Ferreira, durante encontro no Palácio do Setentrião na última quinta-feira, 26.
“Esta é uma das prioridades na minha gestão. Macapá cresceu e a rodovia passa por constantes engarrafamentos e acidentes”, observou Góes.
Waldez Góes explicou ao general a necessidade de duplicar a rodovia e falou sobre o projeto que traz o detalhamento da obra, que começaria pela área onde fica o quartel do 34º Batalhão de Infantaria de Selva (34º BIS). Por isso é necessário ter a autorização do Exército para que o projeto possa utilizar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O comandante Militar do Norte, no entanto, deixou claro que o terreno pertence à União jurisdicionado ao Exército. Mesmo assim prometeu que o Departamento de Engenharia Militar vai avaliar o projeto de duplicação. “Aparentemente, o projeto não traz prejuízo e o patrimônio da União poderá ser recomposto”, pontuou.
Waldez Góes e o general também conversaram sobre a situação da BR-156 que está com atoleiros entre os municípios de Calçoene e Oiapoque. “Conseguimos salvar alguns convênios que foram interrompidos e mobilizar a manutenção da rodovia, no entanto, isso aconteceu no fim de janeiro, na época da chuva”, explicou o governador.
O general Oswaldo Ferreira demonstrou interesse em ajudar o governo Estado na recuperação da BR-156. “A estrada tem um eixo logístico favorável para a defesa e interesse nacional, por isso o Estado do Amapá pode contar com a cooperação do Exército para restaurar a BR-156”, comentou. Não foi definido ainda de que forma o Exército ajudará.
Toma lá, dá cá
O comandante também tinha um pedido a fazer: quer apoio do governo para a construção da Brigada Militar Foz do Amazonas, em Macapá. O local vai comandar os Batalhões de Infantaria do Amapá, Maranhão e Pará. “Estou à disposição para que a brigada seja reconhecida. Posso fazer o pedido de recursos para este fim aos deputados federais e senadores”, destacou Góes.