Por RODRIGO ÍNDIO e OLHO DE BOTO
Era mais um dia comum de treinamento do professor Oziel Palheta, de 45 anos, para os garotos que vão disputar um campeonato sub-17 de futebol na capital. Porém, algo inusitado aconteceu no campo de terra batida que fica próximo ao Hospital Universitário, na zona sul de Macapá.
Era por volta de 15h30 da tarde de quarta-feira (8). Durante um coletivo, a bola saiu para a lateral. Um dos atletas foi buscá-la e ‘deu de cara’ com um crânio humano.
“Ele disse: professor, tem a cabeça de um cachorro ali. Fui lá, e vi que não era, era de gente mesmo”, contou Oziel ao Portal SN.
Logo veio a suspeita de que, possivelmente, o corpo também poderia estar por lá. Depois de procurar atrás da arquibancada próximo ao muro da sede dos Correios, dentro de um matagal, o treinador avistou o restante do cadáver, ainda em decomposição. A polícia foi acionada.
“Estava de bermuda moletom, camisa, e um short ao lado. Tinha uma pernamanca [peça de madeira] bem próxima ao corpo. Treinamos aqui na segunda-feira e não sentimos mal cheiro, na terça colegas nosso sentiram, mas como, geralmente, jogam cachorros mortos pensavam que não era de gente”, detalhou o professor.
A Polícia Científica identificou sinais de uma lesão no crânio, que provavelmente pode ter sido provocada por uma paulada. Há indícios de que pode ser ossada de uma mulher, mas ainda não é confirmado.
Um cordão e o pedaço de madeira que estavam ao lado do cadáver foram recolhidos pela perícia. O crânio estava a aproximadamente 5 metros do restante da ossada, provavelmente levado por animais.
A Polícia Civil já começou a investigar a ocorrência e tenta, neste primeiro momento, determinar a identidade da vítima. O delegado Dante Ferreira levantou uma suspeita.
“Existem alguns registros de desaparecidos, não só na delegacia de Homicídios, mas em outras delegacias. Essa ossada, provavelmente, é de algum deles”, presumiu.
Quem tiver alguma informação sobre o possível crime ou a identidade da vítima pode acionar o Disk Denúncia Delegacia de Homicídios pelo número (96) 991704302. A identidade do denunciante será preservada.