Advogado é preso suspeito do golpe do cartão de crédito

Foi preso no estacionamento de um shopping do Centro de Macapá, logo depois de fazer a retirada de mais uma compra feita pela web.
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Por OLHO DE BOTO

Um advogado acusado de pertencer a uma quadrilha que aplica o golpe de compras com dados de cartão de crédito roubados ou hackeados foi preso no fim da tarde desta quinta-feira, 9, pela Polícia Civil do Amapá.

Ele não teve o nome revelado e foi preso no estacionamento de um shopping do Centro de Macapá, logo depois de fazer a retirada de mais uma compra feita pela web com dados de cartão de crédito sem autorização ou conhecimento do titular.

A investigação é da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DR-CCIBER), que trata a ação criminosa como estelionato virtual.

De acordo com a delegada Aurea Uchoa, só em uma loja de grife de luxo do Amapá o golpe deu prejuízo de cerca de R$ 400 mil.

As compras, de sapatos, bolsas, roupas e outras peças eram feitas pela internet com um cartão de crédito de alto limite. Os supostos clientes efetuavam a aquisição dos produtos pelo site do empreendimento e depois iam retirar as mercadorias na loja.

Delegada Aurea Uchoa conduz as investigações. Fotos: Olho de Boto/SN

As últimas compras foram efetuadas no último fim de semana. Só que a gerente da loja observou que várias pessoas fizeram estavam usando o mesmo cartão de crédito. Os donos então decidiram avisar a polícia.

Quando o cliente, o advogado, apareceu para fazer a retirada das compras, foi preso em flagrante pelos agentes da DR-CCIBER.

Outras pessoas que fizeram compras com o mesmo cartão de créditos chegaram ser detidas, mas foram ouvidas e liberadas por não haver provas mais robustas. Mas, elas poderão ainda responder no decorrer das investigações.

Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, fica no aeroporto de Macapá

“A pandemia deixou comum essas compras virtuais, então, eles faziam as compras a distância, pagavam com o número de um cartão de crédito. E após a compra eles tinham muita urgência em estar pegando logo essa mercadoria. Fica óbvio que queriam resgatar antes que o golpe fosse descoberto, antes do cancelamento da compra. E a empresa tinha que suportar esse prejuízo”, explicou a delegada.

Segundo ela, o golpe é aplicado por uma quadrilha que tem dados de terceiros – provavelmente comprados de hackers. Parte desse bando estava agindo em Macapá e outros membros estavam no Pará. A polícia paraense já foi avisada.

Ela explicou como os bandidos escoavam as mercadorias adquiridas com o golpe.

“Essa mercadoria era retirada no Amapá e enviada para parte da quadrilha no Pará, para ser revendida, era quando eles lucravam”, detalhou a Uchoa.

Até o momento cinco pessoas do suposto bando foram identificadas. Mas, para não prejudicar o andamento das investigações, os nomes delas não foram divulgados.

O advogado preso, que já possui passagem por crime de receptação, disse que as mercadorias que pegou no shopping era pagamento dos honorários de um serviço que ele prestaria. Ainda na manhã desta sexta-feira (10), ele aguardava audiência de custódia para saber se responderia em liberdade ou prosseguiria preso.

Seles Nafes
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