Professora morre na Unimed; família diz que houve falha no atendimento

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Uma professora de 37 anos morreu no início da tarde deste domingo, 5, no Hospital da Unimed de Macapá. A família diz que houve falhas no atendimento. Nenhum dos três médicos que examinou a paciente no período em que ela esteve no hospital soube informar o que ele tinha. Um deles, segundo parentes, chegou a liberá-la para que ela voltasse para casa apesar das complicações.

Professora tinha 37 anos e 2 filhos adotivos. Foto: álbum de família

Professora tinha 37 anos e 2 filhos adotivos. Foto: álbum de família

Natalice Silva de Souza, professora lotada na escola do Iapen, deu entrada na Unimed pela primeira vez na sexta-feira, 3. Ela foi medicada e liberada para voltar para casa. No sábado, por volta das 23 horas, ela retornou ao hospital ainda pior. Tinha enjoo, vômito e incontinência urinária. Ela foi medicada para combater os sintomas, mas continuava passando mal no setor de observação do hospital.

“No prontuário dela só havia os exames básicos. Eu mesmo conversei com o último médico que examinou ela, e ele disse que não sabia o que ela tinha”, disse o irmão da professora, o empresário Natan Silva de Souza.

Parentes dizem que o estado dela se agravava a todo instante, sem que a equipe médica desse um diagnóstico. Natalice morreu no início da tarde deste domingo. “Ela morreu toda roxa e nenhum cardiologista apareceu para avaliá-la. Ela pode ter tido um infarto”, presumiu o irmão.

A família ainda teve dificuldades para conseguir a remoção do corpo até a Politec. Era preciso registrar uma ocorrência no Ciosp do Pacoval, mas, segundo parentes, não havia funcionários suficientes para registrar os boletins do dia.

A professora enfrentava um drama pessoal. Ela não podia ter filhos, e adotou duas crianças junto com o marido, um sargento da Polícia Militar. Recentemente a Justiça oficializou a adoção do último filho dela, só que o menino teve complicações originadas por uma crise asmática e está internado em estado grave na UTI do Pronto Atendimento Infantil (PAI). 

Parentes dizem que a professora não teve tempo de incluir a criança em um plano de saúde. Nos últimos dias ela estava se desdobrando para acompanhar o menino na UTI.

Ninguém da direção da Unimed se pronunciou sobre o assunto. A família diz que vai responsabilizar o hospital por supostas falhas no atendimento assim que a Politec divulgar o laudo médico.

Seles Nafes
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