Após 5 dias sumido, comerciante presta depoimento e entra em contradição

Fábio Mendes, de 44 anos, foi ouvido pelo delegado que investigava o desaparecimento
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Por RODRIGO ÍNDIO

A Polícia Civil do Amapá ouviu nesta terça-feira (31) o comerciante Fábio Mendes, de 44 anos, que sumiu por cinco dias após supostamente ser sido sequestrado por um grupo criminoso.

Em depoimento, ele disse que estava retornando de Santana, por volta de 13h, onde fez um negócio comercial. Foi quando ele teria sido abordado por uma dupla armada numa moto, em um trecho da AP-440, conhecida como Ramal do KM-09. Dois carros estariam dando apoio.

“Ele disse que estava com valores, por volta de R$ 19 mil a R$ 20 mil em espécie no carro para pagar uma pessoa que estava devendo. Esses caras teriam imediatamente rendido ele, colocado capuz, onde ele teria em tese sido apagado e ficou desnorteado de tempo e espaço”, detalhou o delegado Wellington Ferraz.

Ainda de acordo com Ferraz, o empresário relatou que teria sido levado para um cômodo que não sabe precisar onde fica. Lá, ele teria sido torturado até com sacolas plásticas na cabeça.

“Ele liberou uma senha do cartão do banco que eles [bandidos] estavam atrás. Mas ele falou que não tinha valores na conta. Ele foi mantido lá um tempo, depois levaram ele pra outro local no porta malas do carro, pra uma casa, ele não sabe precisar. Entra em contradição, por estar, talvez, muito confuso ainda”, acrescentou o delegado.

Comerciante foi encontrado no dia 29 de maio. Foto: Arquivo SN

Delegado: possível confusão dificulta entendimento de alguns fatos

Sobre o dia do aparecimento, o empresário informou que foi levado para uma área de mata e em um determinado momento conseguiu desvencilhar-se dos bandidos e fugir, mas não soube explicar como apareceu na Avenida Cora de Carvalho, onde foi reconhecido por um morador que avisou a polícia.

A polícia também confirmou que, em nenhum momento, os supostos bandidos fizeram contato com a família.

O caso sairá da Delegacia de Homicídios e seguirá para outro setor da polícia judiciária. O delegado informou que outras pessoas serão ouvidas para confirmar o que de fato aconteceu.

Seles Nafes
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