Por ANDRÉ SILVA
O aterro sanitário de Macapá, localizado às margens da BR-210, à altura do km-14, voltou a ser motivo de preocupação. Com cada vez mais lixo a céu aberto, houve aumento visível na quantidade de urubus sobrevoando o local e até causando acidentes na BR.
As aves são atraídas pelo lixo, sinal de que o resíduo depositado no local não está sendo aterrado de forma correta e nem com a rapidez deveria.
A presença dos urubus são um risco real para a viação amapaense porque o aterro fica na rota de aeronaves que decolam para municípios da região sul do estado, como Laranjal do Jari, e do norte, como Calçoene.
O experiente piloto e chefe da divisão aérea do governo de estado, Luís Carlos, não soube precisar quantos choques de urubus em aeronaves já ocorreram este ano, mas afirmou que esse tipo de incidente acontece “hora ou outra”.
“Um urubu desse vindo de encontro ao avião, a velocidade de impacto dele é a mesma velocidade que nós estamos no avião. Se nós estivermos a 200 quilômetros a velocidade dele de impacto é de 200 quilômetros. Ele pode quebrar o parabrisa do avião, pode matar o piloto, pode entrar na turbina, enfim, os perigos são os mais imagináveis possíveis e nefastos”, explicou o piloto.
A reportagem do Portal SN.com esteve no aterro Sanitário de Macapá e verificou que parte do lixo que estava sendo descartado por caminhões coletores e de empresas privadas, estava sendo revirado por um trator e sendo separado por carapirás.
A Secretaria de Zeladoria Urbana de Macapá, no entanto, afirmou que o aterro funciona de forma normal e que o lixo registrado em imagens pela reportagem, estava em área chamada de ‘pátio de transbordo’ – que seria destinado ao lixo trazido pelos caminhões de coleta para posteriormente ser aterrado.