Por SELES NAFES
Os rodoviários de duas empresas de ônibus de Macapá entraram no segundo dia de paralisação, nesta quinta-feira (16). Pela manhã, o clima ficou tenso na frente da garagem de uma das empresas. A Polícia Militar teve que ser chamada para acalmar os ânimos.
Trabalhadores acusaram a Capital Morena de tentar retirar da garagem veículos que ultrapassariam o percentual mínimo de 30% em circulação para casos de greve. Além disso, grevistas estariam recebendo mensagens e telefonemas de suas respectivas empresas com ameaças de demissão. Dos 40 ônibus da empresa, apenas 11 estão circulando.
“Temos vários relatos desse papel covarde de perseguição em cima dos trabalhadores se não vierem trabalhar. Em vez de colocar os pagamentos em dia ficam nos ameaçando”, acusou Max Délis, diretor do Sindicato dos Rodoviários (Sincotrap).
Ontem (15), durante a primeira rodada de negociações, os trabalhadores recusaram a proposta das empresas de pagar o salário de maio daqui a 19 dias. As empresas estão sendo acusadas de atrasar os pagamentos todos os meses.
“Estão pagando oito funcionários por dia, até 19 dias serão dois salários atrasados”, acrescentou.
Estão em greve 80 funcionários das empresas Amazontur e Capital Morena. Estão paralisadas as linhas Amazonas, Macapaba 1 e 2, Morada das Palmeiras, Brasil Novo, Infraero 1, Curiaú/Mestre Oscar, Buritizal, Renascer, Pedrinhas e Pantanal.
Um dos pontos de concentração dos funcionários
Sem acordo
Dos 40 ônibus, apenas 11 estão em circulação
Ontem, a Capital Morena e a Amazontur, que pertencem ao mesmo grupo, negaram que existam salários atrasados, e acusou o Sindicato das Empresas de Transportes (Setap) de atrasar repasses da meia-passagem.
“Não tem sido realizados em valores e prazos acordados, o que interfere, diretamente, para o bom andamento da administração das empresas. As empresas reconhecem o direito de greve dos trabalhadores e está concentrando esforços para resolver os impasses em um curto espaço de tempo, para garantir o atendimento da população macapaense”.