Por OLHO DE BOTO
O policial penal que aparece em imagens viralizadas espancando um taxista foi identificado e agora tem 48 horas para se apresentar à Polícia Civil do Amapá.
O caso é investigado pelo delegado Antônio Pedro, da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, que funciona no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Bairro Pacoval. Ele confirmou que o agressor realmente trata-se de um policial penal.
O crime ocorreu no dia 11 de junho, era um sábado, no Terminal Rodoviário de Macapá, no Bairro São Lázaro, zona norte.
“Inicialmente, houve uma certa dúvida sobre a identidade, porque o investigado e o irmão seriam policiais, um penal e outro militar. Mas solicitamos à empresa de ônibus a lista de passageiros, porque as imagens mostram o investigado entrando num ônibus, que tinha como destino a cidade de Laranjal do Jari. Assim, confirmamos que, de fato, é um policial penal”, reforçou o delegado.
A Polícia Civil não quis revelar a identidade do acusado, mas o Portal SelesNafes.com apurou que se chama Wende Carvalho Costa.
Ele seria conhecido entre os colegas de profissão como Jari – que seria uma referência ao seu domicílio de origem, a cidade de Laranjal do Jarí, a 280 km de Macapá. Ele costumaria ir para o município do sul do Amapá todas as vezes em que larga o plantão.
Jari teria sido aprovado e se formado policial penal recentemente. Ele ainda estaria em estágio probatório.
As imagens que circularam na internet não mostram o momento em que a confusão começou. As cenas mostram apenas o suposto policial penal dando socos no rosto do taxista, e em alguns momentos saca a arma da cintura para intimidá-lo.
Por isto, a polícia quer esclarecer, também, qual a situação de porte e posse da arma que o policial empunhava.
Na análise do delegado Antônio Pedro sobre as imagens, os crimes de lesão corporal, deliberada, e ameaças são evidentes.
Motivação
O delegado ressaltou que ainda falta o agressor ser escutado. Até o momento, apenas a vítima foi ouvida. Segundo a versão dela, houve um desentendimento entre eles por causa de uma piada.
“Supostamente a vítima teria feito uma piada com o investigado, que não teria gostado e teria se valido do cargo para exigir respeito. Então iniciou uma discussão, um desentendimento, que descambou pra agressão”, resumiu o delegado.