Por ANDRÉ SILVA
A organização da Marcha Para Jesus disse, nesta quinta-feira (7), que auxilia no tratamento da missionária Josimara Oliveira Costa, de 36 anos, que foi atropelada por um trio elétrico durante o evento, no último sábado (2).
O pastor e organizador do evento, Mauro Oliveira, justificou os dias de silêncio dizendo que “o foco era buscar ajuda para Josimara”.
Afirmou que desde o acidente ele e outros integrantes da organização estavam voltados a agilizar o leito na UTI, comprar medicação e providenciar a transferência dela para um hospital particular da cidade – o que acabou não acontecendo.
“Buscamos diversas articulações com a diretoria do São Camilo. Entramos em contato com os órgãos governamentais, inclusive diretamente com a Secult, inclusive diretamente com o seu secretário, para que pudéssemos articular a ida dela para o hospital. Não conseguimos porque o hospital se recusou a recebê-la. Disseram que, de acordo com a política deles, eles não aceitam pacientes no pós-cirúrgico pelo SUS. Só se fosse particular, que seria necessário um valor de calção muito alto, ou convênio”, justificou o pastor.
Segundo ele, diversos pastores tentaram por via judicial que a transferência acontecesse, mas sem sucesso.
O mesmo esforço foi usado quando houve a necessidade de transferir Josimara para um leito de UTI no Hospital de Emergência. Algumas horas depois, ela foi transferida para o leito providenciado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
Ajuda
Mauro afirmou que a Marcha, por meio de pastores e membros de igrejas que compõem a organização, tem se mobilizado para levantar uma oferta para ajudar a vítima. O valor será usado para compra de medicação e exames que venham a ser necessários.
Ele diz que a organização tem realizado e participado de eventos que arrecadam recursos para o tratamento de Josimara. Ele apresentou comprovantes e recibos.
A vítima continua internada no Hospital de Emergências após duas cirurgias.
Marcha política
Sobre a polêmica de que a Marcha para Jesus estaria sendo usada como evento político e palanque para algumas lideranças religiosas – entre elas pré-candidatas – o coordenador explicou:
“Desde que foi ciada (a Marcha), uma das motivações de criar ela, que a gente pudesse fazer atos proféticos. Para a nossa fé cristã, o ato profético é como se fosse uma batalha espiritual, seja para quebra de maldições, seja para decretação de bênçãos. Um dos atos proféticos – a gente faz sete durante a programação da Marcha – é orar e interceder pelas autoridades, segundo está na palavra de Deus. Esse ato já acontece desde o início da Marcha”, justificou Mauro.