Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
No Amapá, como no resto do Brasil e no mundo, cada vez mais grupos e pessoas apostam na horizontalidade das redes sociais como forma de divulgar anseios artísticos, ganhar engajamento, seguidores e, inclusive, transformar essa atividade em meio de vida e profissão.
Dentre as várias áreas de aptidões em que candidatos a influenciadores e “influencers” já estabelecidos, sem dúvida nenhuma, uma das que mais se destaca é o humor.
Este é o caso do fotógrafo, editor de vídeos e repórter cinematográfico Oziel Coutinho e seu grupo “Os fuleras do humor”, que têm buscado, com êxito, um lugar ao sol dentro do mundo que as redes sociais proporcionam.
De característica popular, com temas geralmente locais, falando sobre bairros e regiões de Macapá, Oziel orgulha-se de hoje conseguir manter o sustento da família já com os recursos que seus vídeos proporcionam.
No seu caso, já há vídeos com 1 milhão de visualizações, mas mais que os views, ele já conseguiu patrocínio de três empresas que apostaram em anunciar através de seus canais e perfis.
Oziel, que milita na categoria há tempos, é representante do setor do audiovisual no Conselho Estadual de Cultura, o que ele atribui, também, aos seus vídeos.
Rotina
Aos 41 anos, o humorista conta que já fazia animação, apresentação em festas e bares, mas que foi através do convite do humorista Hulk Pão – um exemplo amapaense de sucesso na área –, que se engajou mais.
Na pandemia de covid-19, começou a dar mais atenção para as suas próprias redes e a produzir conteúdo, o que vem aumentando o seu número de seguidores.
Como tudo na rede mundial, não há unanimidades, e, seus vídeos populares apresentam-se ao nada santo ‘tribunal da internet’ de forma genuína, popular e corajosa, como tem que ser. Ele busca produzir, gravar e lançar ao menos dois vídeos por semana.
Ele e outros colegas (Cid Dias, Hudson Pinheiro, Jaiane Alves, Lane Tavares, Relson Cardoso e Godinho dos Memes) acreditam enfrentar uma velha – e falsa – máxima: no Amapá, jogador de futebol e cantores – e, por extensão, humoristas –, não têm sucesso. A realidade, afirma o Oziel, já demonstra que é o contrário.
União
Continuando suas citações de colegas, ele também agradece aos populares Picadinho e Pj Chavozinho, e em seus nomes a todos os outros, porque diz que há apoios mútuos, indicando os vídeos uns dos outros em suas redes sociais, aumentando, assim, o alcance de todos.
“Quando eu passei a fazer vídeos de humor, meus próprios colegas [cinegrafistas] disseram para eu não fazer, mas, devido a insistência do meu filho, que ele tinha esse sonho e eu comecei fazendo humor família, e depois eles cresceram e eu não fiz mais humor com eles e comecei a parceria com o Hulk, e eu não sabia a força que a internet tem e hoje graças a Deus, eu tenho como tirar o sustento da minha família através da internet”, declarou Oziel.
Para o futuro próximo, ele já começou uma rodada de shows e aguarda a reabertura do Teatro das Bacabeiras para fazer uma grande apresentação, que é parte do seu desejo.