Por RODRIGO ÍNDIO
A Polícia Civil do Amapá foi acionada nesta terça-feira (9) por funcionários do Hospital de Emergência de Macapá, para verificar o caso de uma suposta queda que uma idosa, de 115 anos, teria sofrido em sua casa.
A situação da paciente Rosa Batista chamou muito a atenção dos profissionais de saúde. Ela deu entrada durante a madrugada, com o rosto muito roxo e apresentando diversos hematomas pelo corpo. A idosa centenária mal consegue se comunicar.
Segundo uma fonte do portal SelesNafes.com, a paciente apresenta múltiplas fraturas na face, lesão no joelho, escoriações no braço, lesão na região frontal da cabeça e equimose [extravasamento de sangue] na região ocular.
Ainda segundo a fonte, o acompanhante da idosa relatou apenas que ela havia “caído” de sua cama. A versão causou estranheza e não convenceu a equipe de enfermagem, que decidiu acionar a polícia.
“Olha essa paciente. Acha que é queda de cama? Ela está toda quebrada. Cara, isso é espancamento. Isso é revoltante. Ela está com múltiplas fraturas no rosto. Isso nunca que ela caiu da cama, um absurdo”, desconfia e indigna-se a fonte.
A idosa sofre sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Uma nova avaliação foi feita durante a manhã de hoje e foi citado que não há características de queda. A equipe de saúde vê indícios de maus-tratos predominantes.
Durante a visita da polícia, estava presente uma neta da centenária. A parente prestou esclarecimentos. A perícia deve ser acionada.
Consta na identidade de Rosa Batista que ela nasceu em 5 de julho de 1907, em Macapá. Atualmente, ela mora no Bairro Marabaixo 3, na zona oeste da capital do Amapá.
A reportagem entrou em contato com a delegada Cássia Costa, titular da Delegacia do Idoso do Amapá. Ela confirmou o chamado da equipe de saúde do hospital e afirmou que abriu investigação para apurar o caso. Ela falou que quer interrogar pessoas próximas à paciente.
“Fomos até o HE para apurar o que houve. Os próximos passos são oitivas dos familiares e eventuais testemunhas, requisição de perícia nas lesões da idosa e, quando possível, ouvi-la para conclusão do procedimento”, explicou a delegada.
O quadro de saúde da idosa é extremamente delicado.