Por ANDRÉ SILVA
O Porto de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, é a principal porta de entrada e saída do Amapá e ligação com o Pará e o Amazonas. Durante os dois anos mais críticos da pandemia de covid-19, as agências que comercializam passagens amargaram prejuízos, mas este ano as coisas estão melhorando.
Santarém, Manaus, Altamira e Belém são os destinos mais procurados pelos amapaenses, principalmente no período de férias. Durante os anos de 2020 e 2021, a procura por bilhetes caiu e ainda houve o período de suspensão das viagens por determinação das autoridades sanitárias.
Normalmente, o mês em que há mais procura por esse tipo de viagem é julho, período de férias escolares. Mas, este ano, o movimento ainda não está como de anos anteriores à pandemia. Foi o que garantiu Marcelo Vasconcelos, da agência Forte Viagem.
“Foi complicado irmão. As pessoas não podiam viajar e nem as agências puderam trabalhar. Esse ano não tivemos lotação. Não tivemos excesso. De todos os anos (que antecederam a pandemia), esse está sendo o mais fraco, mas a gente sente uma melhora no movimento”, afirmou.
Experiência
Para quem não está acostumado a passar tanto tempo a bordo de um navio, a experiência pode dar um pouco de medo. De Belém para Santana, por exemplo, a viagem pode durar a 27 horas, dependendo da embarcação.
O chefe de cozinha Wagner Marihus da Silva, de 42 anos, avaliou a primeira viagem dele de navio como boa. Ele mora no Pará e veio para Macapá visitar familiares.
“Foi a minha primeira vez e para primeira vez foi muito boa. Fiquei com um pouco com medo. O máximo que tinha passado antes num navio tinham sido 45 minutos, entre Icoaraci e Cotijuba. Foi uma experiência boa”, considerou.
Em março, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) estabeleceu nova tabela de preços para as passagens. Os navios saem todos os dias do Porto de Santana para Belém. O bilhete que antes custava R$ 200, agora sai ao preço de R$ 250 (rede). Crianças e idoso tem direito a meia passagem.