Por OLHO DE BOTO
Parentes e amigos do professor e advogado Josué Marques, de 46 anos, começaram a sexta-feira (2) distribuindo panfletos com a foto dele no Bairro dos Congós, na zona sul de Macapá. É o 8º dia de desaparecimento. Até agora, a polícia segue sem pistas.
Josué Marques foi visto pela última vez na noite do último dia 25, depois de deixar o carro dele próximo da casa da irmã, na 16ª Avenida dos Congós. Dois dias depois, a CNH dele foi encontrada em via pública no Bairro Nova Esperança.
Hoje de manhã, o grupo fez uma oração e partiu para mais um dia em busca do amigo. A esposa, Ana Paula, com quem o professor tem uma filha de 6 anos, estava entre os voluntários.
Na noite do desaparecimento, revelou ela, o professor chegou a entrar em uma igreja evangélica durante um culto.
“Uma moça me ligou dizendo que ele chegou a entrar numa igreja evangélica na Avenida Antônio Coelho de Carvalho, pedindo orações. Estava muito aflito”, explicou a esposa.
“A família está desesperada. A mãe tem mais de 70 anos e chora, a nossa filha tem 6 anos, e chora e é o aniversário dela esse mês. Estamos pedindo ajuda de pessoas de vários municípios porque ele (Josué) conhece muita gente nesses 26 anos como professor do ensino modular”, acrescentou.
Ana Paula fez um apelo em nome da filha e da mãe de Josué.
“Ele tem uma ligação muito forte com a mãe e com a filha, que nós planejamos. Minha filha diz: ele me planejou, e quero que ele me veja crescer. Minha vida não vai ter sentido sem o meu pai”.
Depressão e drogas
Ana Paula confirmou que o professor sofre de um quadro severo de depressão, e que já tinha sumido outras vezes, porém, por poucos dias. Segundo ela, foi por isso que a família demorou 4 dias para registrar o primeiro boletim de ocorrência.
“Ele nunca foi usuário de drogas, como as pessoas estão afirmando, e não está fugindo de dívidas. Estava abalado emocionalmente. Houve outros episódios de sumiço, por isso a família não registrou logo. Não julguem a família. Os irmãos, os amigos não se cansam de rodar pela cidade. Queremos apenas saber se está vivo, será um alívio”.
O desaparecimento do professor está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Polícia de Macapá. Na última quarta-feira (31), o delegado Luã Brito se pronunciou sobre as investigações afirmando que nenhuma hipótese havia sido descartada, mas que ainda não havia pistas sobre o paradeiro do professor.
Quem tiver informações que possam a ajudar a família poderá ligar para 98402-4115.