Iapen descobre planos de vingança e suspende visitas

Portaria que suspende visitas cita risco de homicídios e de visitantes virarem reféns
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Por SELES NAFES

A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) decidiu suspender as visitas neste fim de semana. A cúpula do sistema penitenciário foi avisada sobre possíveis atos de vingança, assassinatos e até de tomada de reféns depois da morte de um dos detentos investigados na Operação Queda da Bastilha.

A operação deflagrada pelo MP Estadual e Polícia Federal prendeu o delegado Sidney Leite (DTE), advogados, policiais penais e cumpriu mandados de prisão para criminosos faccionados já presos, além de fazer busca e apreensão em celas.

A força-tarefa investiga a atuação de um grupo que falsifica laudos médicos para beneficiar criminosos com regimes mais brandos, e que também permite a entrada de armas, celulares e drogas no Iapen.

Logo após a operação da última quarta-feira (14), o detento Rafael Mendonça Góes, um dos alvos, foi encontrado morto por estrangulamento.

Rafael foi morto após a operação dentro do presídio

Portaria expõe riscos à segurança e possibilidade de novos homicídios

Na portaria que suspende as visitas de sábado e domingo (18), o Iapen cita a necessidade de garantir a segurança de servidores, detentos e visitantes, citando informações “que levam a crer que o evento (homicídio) ainda pode ser repetido no decorrer da visitação”, e que grupos de detentos estão dispostos a buscar vingança.

A suspensão das visitas vale para o Cadeião, onde estão presos cerca de 2,8 mil detentos. A maioria deles é de alguma facção. O Cadeião é composto por 12 pavilhões identificados pelas letras F e P e pelos Seguro 1 e Seguro 2, além da cozinha e enfermaria.

A portaria deixa claro que a medida por ser prorrogada se for necessário, e determina que todos os policiais penais de folga fiquem em sobreaviso. 

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