Por RODRIGO ÍNDIO
Casos de busca e salvamento, roubos com reféns, operações, entre outras ocorrências de alta complexidade, terão auxílio de drones para a coleta estratégica de informações que ajudarão no gerenciamento de crise. É a patrulha aérea do Amapá.
A tecnologia foi adotada pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que encerrou esta semana o treinamento das equipes. A data para a nova ferramenta entrar em uso não foi divulgada, mas a previsão é para as próximas semanas.
De acordo com o tenente-coronel Marcelo Campos, da Sejusp, 40 agentes das Polícias Militar, Civil, Penal e Científica, além do Corpo de Bombeiros, participaram do curso de pilotagem de drone. O investimento total com a aquisição e o curso foi de R$ 360 mil.
“O objetivo é melhorar a segurança pública do nosso estado com ferramentas tecnológicas para trazer melhor comodidade para nossa população”, destacou.
O soldado Gil Lobato é lotado na Diretoria de Comunicação da PM. Ele ouviu atento todas as técnicas e orientações repassadas durante o curso.
“Poderemos atuar no plano estratégico da PM, quanto no plano conjunto com outras forças de segurança. A ferramenta irá auxiliar bastante no serviço do profissional que poderá executar seu serviço com um mapeamento feito de forma segura”, comentou.
Para o tenente Ronald Patric, do 6° Grupamento de Bombeiros (Laranjal do Jari), o aprendizado auxiliará a identificar áreas de desmatamento, de cheias e focos de incêndio. O militar aprovou a iniciativa.
“Vai ajudar na procura de pessoas desaparecidas nas águas e a mapear para controlar chamas em locais de difícil acesso. Com certeza iremos usar as técnicas com intuito de prestar um serviço de qualidade para a população”, falou.
O curso foi ministrado desde o mês de julho pelo capitão da reserva da PM, Michael Ribeiro. Foram 4 turmas, cada um com dez alunos.
“Aprenderam sobre legislação, simulação e aula prática com segurança aplicada ao drone. Tiveram ensinamentos sobre a estrutura e componentes do drone que tem câmera termal [identifica focos de calor, inclusive corporal]. A legislação permite até 120 metros, mas cada drone desse pode ir a 5 mil metros de altura e 5 mil metros de distância”, explicou.