Por LEONARDO MELO
O engenheiro Albert Alisson Mascarenhas é filho do sócio da empreiteira campeã de contratos no governo Bolsonaro, com obras em vários estados, incluindo no Amapá. De acordo com o site UOL, o herdeiro participou ativamente da invasão que terminou no vandalismo nas sedes dos 3 Poderes, no último dia 8 de janeiro.
A maior parte dos contratos da empresa Mereilles Mascanheras é em estados da Amazônia, como Amazonas, Pará e Amapá. No ano passado, para fazer a manutenção da BR-210 e da BR-156, a empresa recebeu mais de R$ 314 milhões. Em quatro anos, foram abocanhados quase R$ 800 milhões em contratos, de acordo com dados do Portal da Transparência.
Uma das empresas do grupo foi alvo de duas fases da Operação Candidus, da Polícia Federal no Amapá, que investiga o uso de créditos florestais para “esquentar” madeira extraída ilegalmente para obras da BR-156. O contrato com o Dnit também está sendo investigado por suspeita de superfaturamento.
No último dia 8, o herdeiro a empresa teria agido como uma espécie de capitão durante a invasão.
“Bora subir, gente, bora subir. Não sou covarde, não”, dizia ele à turba durante o avanço sobre o gramado do Congresso Nacional, como uma espécie de convocação à invasão dos prédios.
Momentos depois ele se mostra surpreso com a reação das forças de segurança que tentam acabar com o vandalismo usando bombas de gás lançadas de helicópteros.
“É muita covardia. Por que não fazem isso com a esquerda?”, diz o engenheiro “idealista”.