Conheça os enredos das 5 escolas de samba que desfilam hoje em Macapá

Primeira noite de desfile no sambódromo, nesta sexta-feira (17), traz quatro agremiações de Macapá e uma de Santana.
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Da REDAÇÃO

Duas escolas do grupo de acesso e três do grupo especial entram na Avenida Ivaldo Veras nesta sexta-feira (17), na primeira noite do Desfile Oficial das escolas de samba do Amapá.

Os desfiles começam às 22h, e cada agremiação terá 70 minutos para mostrar o trabalho dos últimos meses no Sambódromo, zona sul de Macapá.

A programação de carnaval deste ano no Amapá tem investimento de R$ 5,5 milhões, já repassados pelo Governo do Amapá para realização do Desfile das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos em Macapá, Micareta de Santana e A Banda. O valor é resultado de articulação do senador Davi Alcolumbre (UB), com recursos federais da Cultura e do Turismo.

O Portal SelesNafes.com fez um resumo da ficha técnica das escolas e os temas que serão levados para avenida do samba nesta sexta. Acompanhe:

22h – Embaixada de Samba Cidade de Macapá (acesso)

A Embaixada de Samba Cidade de Macapá abre os desfiles com uma homenagem aos profissionais da Saúde. Em 2023, a agremiação completa 59 anos de história.

Com as cores azul, branco e rosa, a carnavalesca Mariana Gonçalves leva para a avenida o enredo “Heróis da Saúde – Gestos de Amor que Salvaram Vidas”, uma homenagem aos profissionais da saúde que atuaram no combate ao coronavírus e a Covid-19.

A escola levará para a avenida 1.079 pessoas, entre alas, bateria, comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira, destaque e equipe de apoio.

Criada em 24 de outubro de 1964, a escola nasceu da iniciativa do artista e grande sambista, R. Peixe com sua esposa, Maria de Nazaré, e dos amigos Raimundo Barros, e da eterna Rainha do Carnaval, Alice Gorda.

Em 1965, a Embaixada de Samba Cidade de Macapá se consagrou campeã, conquistando o primeiro título do carnaval amapaense. Ela foi bicampeã no ano seguinte. Em sua trajetória, a escola foi campeã nos anos de 1988 e 1989 e 2007 e 2012.

23h35 – Império do Povo (acesso)

A Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo representa a alegria dos moradores do município de Santana. Este ano, a verde e branco defenderá o enredo “A vida é um moinho”, que traz a história do trigo e sua correlação com a evolução humana. Distribuída em 8 alas mais os pontos técnicos, a expectativa é levar para a avenida aproximadamente 1 mil brincantes.

Fundada oficialmente em 3 de fevereiro de 1993, a Império do Povo passou a integrar o desfile das escolas de Samba em Macapá somente em 1998, quando se filiou à Liga das Escolas de Samba do Amapá. A estreia na avenida aconteceu no carnaval do ano seguinte, em 1999, pelo Grupo de Acesso.

Em 2004, a escola consagrou-se campeã do Carnaval Amapaense, ainda pelo Grupo de Acesso, derrotando agremiações tradicionais, passando a compor o Grupo Especial das Escolas de Samba. Em 2008, novamente levou o título de campeã e, em 2010, foi vice-campeã.

1h10 – Emissários da Cegonha (especial)

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Emissários da Cegonha leva para a passarela o enredo “O novo nasce a cada amanhecer, o que hoje é impossível, amanhã poderá não ser”, trabalhado pelo carnavalesco Wilson Cardoso. A escola se apresenta com cerca de 1,5 mil brincantes.

Dividida em 4 setores, a escola vem com o primeiro setor falando da “Ignorância como mal do século, sob a ótica emissariana”, seguido das áreas “As conquistas do passado”; “Os desafios e os triunfos do presente”, e “As possibilidades do futuro”.

A Emissários da Cegonha nasceu do bloco carnavalesco “Coqueiro Verde”, que foi criado no bairro Trem, na zona sul de Macapá. Os foliões brincavam próximo ao lago onde atualmente é a Praça Floriano Peixoto.

Ela só foi oficializada como Bloco Emissários da Cegonha em 1974, após um número considerável de namoradas de brincantes aparecerem grávidas.

No ano seguinte, o bloco carnavalesco começou a participar das competições oficiais do carnaval de rua de Macapá. Em 1987, foi oficializada Grêmio Recreativo Escola de Samba Emissário da Cegonha. Em 1998, a escola foi a primeira campeã do Grupo de Acesso e desde então, colecionou títulos de campeã nos anos de 1992, 1994, 1998, 2000 e 2020, quando foi a vencedora do carnaval pelo grupo de acesso.

2h45 – Boêmios do Laguinho (especial)

A história de dedicação do mestre Bené, o primeiro presidente da Universidade do Samba Boêmio do Laguinho, é a inspiração do enredo deste ano da primeira escola de samba do Amapá.

A agremiação terá cerca de 1,2 mil brincantes contando o enredo “Mestre Bené: Rei da Boêmia, O Bamba Fundador de uma Nação”. Ele foi um dos fundadores da ‘Nação Negra”, construtor da sede da escola, atribuições que estão ligadas ao mesmo pensamento do Rei Abubakari II, que também será retratado na avenida na concepção do carnavalesco Rodrigo Ferreira.

Fundada em 2 de janeiro 1954, a Associação Universidade de Samba Boêmios do Laguinho é uma das mais antigas de Macapá. São 69 anos de história com as cores vermelho, branco e dourado, em homenagem à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo.

4h20 – Maracatu da Favela (especial)

Trabalhado pelo carnavalesco Sandro Macapá, juntamente com o autor Cláudio Rogério, o enredo “Resistência é favelar” será defendido por 1.500 brincantes do Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela.

Oficialmente, a escola foi registrada em 15 de dezembro de 1957, mas sua fundação se dá pelo menos 10 anos antes de seu registro, pois Maracatu da Favela tem seus alicerces no bloco “Tricolores da Folia”, criado pelo senhor Vagalume, Bloco este, formado por trabalhadores da antiga empresa ICOMI. Mais tarde este bloco se tornou uma escola de samba permanecendo o mesmo nome.

Anos depois, em dezembro de 1957, o Senhor Vagalume, na residência de dona Gertrudes, reuniu com os senhores Cadico, Mané de Souza, Biló entre outros e transformaram a Escola de Samba Tricolores da Folia em G. R. E. S. Maracatu da Favela, prova disso, é que as cores da bandeira foram preservadas: o azul, o branco e o preto. Somente nos anos 70, na presidência do senhor Heitor de Azevedo Picanço, que as cores verde e rosa fizeram parte de seu pavilhão sagrado.

Maracatu da Favela foi nove vezes campeã, nos anos 1976, 1978, 1983, 1985, 1999, 2003, 2007, 2012, 2013.

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