Por ANDRÉ SILVA
Os profissionais da educação do Amapá aderiram à paralisação nacional que acontece durante todo o dia nesta quarta-feira (22). Por isto, todas as escolas do estado amanheceram de portas fechadas.
Entre as pautas de reivindicação está a valorização e a efetivação do piso da categoria, além do reajuste dos salários na carreira, que segundo os líderes do movimento já chega a perdas de 90%.
Em Macapá, a manifestação se concentrou na Praça da Bandeira, no Centro da cidade. Lá, o professor Charles Simeão, que leciona do 1⁰ ao 5⁰ ano do ensino fundamental no município, afirmou que o dia é de luta.
Para ele, caso os municípios não atendam as reivindicações dos profissionais, a paralisação de hoje pode ser um indicativo de greve.
“Se os prefeitos não cumprirem o que determina a legislação de pagamento do piso, o que determina a valorização nos planos de carreira, já está em curso a paralisação, e depois a categoria deliberando em assembleia, pode ‘startar’ a greve”, reformou.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap), Katia Cilene, fez duras críticas às gestões anteriores do governo do estado. Segundo ela, desde 2011, não houve reposição de acordo com a inflação.
Ela apontou que essa perda reflete diretamente nos salários dos professores, que já eram para estar, de acordo com a sindicalista, em torno de R$ 20 mil. As perdas alcançam também professores dos municípios.
“Todos os profissionais de Macapá, com a luta do sindicato, tiveram uma alteração na tabela e o salário valorizou, mas ainda temos perda. Mas os professores do estado foram isolados pelo governo anterior, que não dialogava conosco”, alegou a presidente.
Diálogo
O governo do estado assinou na terça-feira (21), um decreto que instituiu o comitê permanente de valorização dos servidores públicos do estado.
A primeira de muitas reuniões com representantes das categorias, segundo a Secretaria de Administração do Estado, inicia na quinta-feira (23) e o primeiro sindicato da agenda será o Sinsepeap.