Por SELES NAFES
A policial penal acusada de estuprar o próprio filho no interior do Amapá foi libertada, no início da tarde desta segunda-feira (8), durante a audiência de custódia. O juiz Fábio Gurgel, responsável pelos processos de Itaubal, município onde teria ocorrido o crime, entendeu que não há materialidade para manter a servidora presa.
O magistrado também decretou sigilo sobre o processo. O Portal SelesNafes.Com apurou com fontes da Polícia Técnica do Amapá (Politec) que o laudo de ato libidinoso no menino de sete anos deu negativo.
Um perito consultado informou que um exame dessa natureza só acusaria positivo se houvesse a presença de material genético ou lesão no órgão genital do menino, e nada foi encontrado.
O resultado do laudo foi confirmado pela advogada de defesa, Ianca Vidal, que atua no processo com o advogado Hélvio Farias. Questionada sobre o que disse a servidora durante depoimento, a advogada informou que não poderia dar mais detalhes, já que o processo corre em segredo.
“Apenas uma denunciante narrou o fato, e não existiam provas que justificassem a prisão preventiva. Não houve flagrante deste suposto ato libidinoso. Quando ela acordou, os policiais já estavam lá”, comentou Ianca Vidal.
O menino foi entregue ao pai, que tem a guarda compartilhada com a mãe.
“O menino vai permanecer com o pai durante o processo (por determinação do juiz), até por conta da grande repercussão”, comentou a advogada.
A policial penal foi presa no domingo (7) no Distrito do Carmo do Macacoari, depois que uma colega que dormia no mesmo quarto, em camas separadas, teria presenciado a mãe e o filho nus e em ato sexual. Ela foi levada para o Centro de Custódia.
A servidora foi levada para o Ciosp e presa em flagrante. Ao decidir sobre o caso, o juiz Fábio Santana não impôs medidas restritivas de liberdade.