Fotos: Leonardo MeloVítima veio de São Paulo para conhecer a namorada e morar com ela e os filhos
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Por OLHO DE BOTO
Um relacionamento amoroso que começou há cerca de um ano numa rede social terminou de forma trágica para o mecânico José Carlos Bonfim Trindade, de 46 anos. Ele foi assassinado com dois profundos golpes de arma branca, possivelmente uma foice, na cabeça.
O homicídio ocorreu na noite de terça-feira (7), na Comunidade São Francisco de Assis, região rural a 46 km de Macapá.
O delegado de Homicídios Wellington Ferraz reuniu uma equipe de investigadores e foi ao local do crime. Lá, encontrou o corpo de José Carlos na frente da casa de sua companheira. Ela apontou um de seus filhos como autor do crime. Os agentes fizeram buscas pelo suspeito, contudo, ele não foi localizado.
A vítima era natural da Bahia, mas morava em São Paulo antes de vir ao Amapá conhecer pessoalmente sua namorada.
Já na comunidade São Francisco, o casal decidiu morar junto, na companhia de dois jovens filhos da namorada.
Mecânico foi morto com dois golpes profundos na cabeça. Fotos: Leonardo Melo
Vítima teria tentado incendiar a casa
Delegado Wellington Ferraz: vítima com problemas com álcool e com um dos filhos da companheira
À polícia, ela contou que o novo companheiro consumia álcool desde o dia anterior, e que os filhos estavam em casa quando ele chegou agressivo, embriagado, ameaçando quebrar o carro da família e atear fogo na residência, momento em que um dos jovens, identificado como Fabiano Souza de Pinho, de 26 anos, interveio e acabou matando o padrasto.
“Volta e meio tinha problema com um dos filhos dela. Eles estavam convivendo há mais de um ano. Por volta de 15h tentou jogar gasolina na casa, tocou fogo em alguns colchões, partiu para quebrar o veículo da senhora e um dos filhos tentou interferir, entrando em luta corporal”, contou o delegado.
“Jogou gasolina nele próprio. Um dos filhos tomou as dores da mãe, mas passou muito da conta. Poderiam ter chamado mais gente, tentado segurar, é muito complicado fazer um pré-julgamento. Só eles sabem o que aconteceu”, acrescentou.
Antes de fugir, o filho teria dito que matou pela honra da família. A arma usada no crime não foi encontrada e a Decipe prossegue nas investigações. O delegado analisa a possibilidade de pedir a prisão preventiva do jovem.
