Por ANDRÉ SILVA
O Governo do Amapá e o Ministério de Assistência Social Família e Combate à Fome (MDS), assinaram na manhã desta sexta-feira (12), um pacto de combate à fome no Estado.
Atualmente 57% da população amapaense está inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal – um dos termômetros usado pela União para a mensurar a população abaixo da linha da pobreza.
Esse percentual representa mais da metade da população de Macapá que está em situação de risco econômico e pobreza. São pessoas que buscam programas como Bolsa Família (federal), e o Renda Pra Viver Melhor (estadual), para terem pelo menos comida.
O ato desta manhã de sexta (12), ocorrido no auditório do Sebrae, em Macapá, busca implementar projetos e ações que acelerem a inclusão socioeconômica delas no mercado de trabalho.
O titular do MDS, ministro Wellington Dias, ilustrou o cenário encontrado em janeiro deste ano, ao citar que, naquele mês, havia cerca de 94 milhões de pessoas inscritas no CadÚnico, ou seja, na pobreza. E 55 milhões na faixa da extrema pobreza.
Ele reforçou que o objetivo da assinatura do pacto é fazer com que os recursos que estão nas contas dos municípios voltados para o fim social – cerca de R$ 17 milhões – sejam aplicados em projetos que estimulem a saída dessas pessoas da dependência do Estado para o mercado de trabalho.
“Vamos, aqui, hoje, trabalhar em termos vinculados a um plano mais estratégico de longo prazo: até 2026 queremos um Amapá sem fome. Queremos um Amapá que possa por meio do emprego e pelo empreendedorismo tirar mais pessoas da pobreza e extrema pobreza. E vamos trabalhar juntos para isso”.
O govenador Clécio Luís (SD) pontuou que para reduzir a pobreza é necessário organizar estratégias para a retomada do desenvolvimento econômico tanto do país, quanto do estado.
“Temos que aplacar a fome das pessoas. Temos que combater, imediatamente, a pobreza e extrema pobreza da população e, em paralelo, ter alternativas das chamadas ‘porta de saída’, por isso a importância do Sebrae, Senai, Sesi, para que a gente possa ir migrando da assistência para o empreendedorismo e para a inclusão socioeconômica”, pontuou o governador.
Na ocasião, como forma de demostrar o que se pretende fazer na prática, a CEA Equatorial participou da programação e assinou as carteiras de trabalho de seis pessoas. Elas faziam parte do CadÚnico e agora serão inseridas no mercado de trabalho. Atualmente, 100 mil pessoas estão cadastradas no programa de tarifa social da companhia.
“Nós estamos priorizando a contratação de pessoas que estejam inseridas no Cadúnico. Hoje estamos contratando seis pessoas que farão parte do grupo de 2.800 colaboradores do grupo CEA Equatorial que estão trabalhando com a agente”, destacou Augusto Dantas, presidente da CEA Equatorial.
A cerimônia contou, ainda, com a presença do ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, além dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede).