Da Redação
A exploração do petróleo na costa do Amapá e não na foz do rio Amazonas, como a “grande imprensa” convencionou chamar, ganhou mais um defensor. Nesta terça-feira (16), o senador Davi Alcolumbre (UB-AP) se reuniu com dois ministros para tratar do assunto, e levou junto o governador do Amapá, Clécio Luís (SD). Na audiência, representantes do Ministério das Minas e Energia consideraram muito pequeno o risco de um acidente ambiental durante a perfuração do poço em águas profundas.
O encontro foi com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. O assunto foi a tentativa da Petrobrás de conseguir o licenciamento ambiental do Ibama para perfurar um poço de pesquisa a 550 km da foz do Rio Amazonas, na chamada “Margem Equatorial”.
A estatal tem quase certeza de que existe petróleo e gás na região, já países como a Guiana também fizeram descobertas milionárias. A expectativa é de que na costa do Amapá estava o novo pré-sal brasileiro.
Para Davi Alcolumbre, a atividade vai revolucionar a economia do Amapá, gerando os empregos que o estado precisa.
“Vamos lutar até o fim para garantir o direito de o Amapá usufruir desse patrimônio do Brasil. O que defendemos é que, primeiro, o Ibama autorize as pesquisas da Petrobras na margem equatorial e, depois, veja a ‘oportunidade’ para executar a atividade petrolífera ‘com menor impacto ambiental’ na região”, frisou.
“A Petrobrás é a maior especialista em perfuração de poços do mundo. Já furou mais de mil poços em águas profundas, com zero acidentes. O que queremos é que nos permitam fazer a pesquisa”, acrescentou o governador Clécio Luís.
Na reunião, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Adamo Sampaio Mendes, ressaltou que país precisa investir urgentemente na descoberta de novos poços, uma vez que o pico de produção de petróleo deve ocorrer nos próximos cinco anos.
“Não há risco significativo de ter vazamento nestas pesquisas. O mundo e o Brasil precisam encontrar novas reservas de petróleo uma vez que nosso pico de produção será atingido em 2029 e essa é a primeira vez que não temos uma nova fronteira para repor as reservas de produção”, afirmou.
“Estamos diante de uma fronteira exploratória promissora, com importante potencial petrolífero a ser desenvolvido. Como filho do Amapá, eu vou defender essa agenda no Senado Federal e no Congresso Nacional com todas as forças possíveis e inimagináveis. O estado pede socorro. E essa é uma possibilidade de alinhar tecnologia e experiência, reunir todas as condições de atuar de forma segura e sustentável, trazendo novos investimentos e oportunidades para região e para o país”, destacou o senador.
Além de Davi Alcolumbre, o senador Randolfe Rodrigues também participou do encontro.