Por ANDRÉ SILVA
O Conjunto Macapaba, localizado na zona norte de Macapá, foi interligado ao sistema central de distribuição de água tratada da capital – gerenciado pela Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA), pertencente ao Grupo Equatorial.
A medida ainda não vai resolver 100% da dor de cabeça que os moradores têm desde que o habitacional foi inaugurado, mas vai amenizar pela metade o problema. As famílias tinham água a cada três horas. Com a interligação, o abastecimento passa a ser das 5h às 23h.
A adutora com tubulação de grande calibre que cobre uma extensão de 3,5 quilômetros, foi ligada na manhã desta sexta-feira (30).
A dona de casa Ágila Sousa, de 27 anos, mora no Macapaba há 9 anos. Segundo ela, desde o primeiro dia de inaugurado o local já apresentava problemas na distribuição. Com a nova adutora ela espera que essa realidade mude.
“A gente espera que tenha água pelo menos o dia todo, para gente poder fazer as coisas de casa. Espero que isso solucione nosso problema com agua aqui, né. Já são nove anos assim.
A adutora foi instalada às margens da BR-210 saindo do Macapaba até a Centro de Reservação do Jardim Felicidade, ao custo de R$ 7 milhões.
O presidente da CSA, Augusto Dantas, explicou que o antigo sistema do habitacional não será desativado. Ele continuará ativo para somar na oferta.
De acordo com ele, para um fornecimento 24 horas, será necessário finalizar a reforma no sistema de captação do Rio Amazonas, localizado no Bairro Santa Inês, e na estação de tratamento no Bairro do Trem, ambos na zona sul de Macapá.
Ele pontuou que em locais como as Avenidas FAB e Padre Júlio toda a tubulação está sendo trocada.
“Isso é importante para ir levando água aos poucos para a população da área urbana e metropolitana. Hoje, a gente sai de uma janela de 9 hora com água no Macapaba para 18 horas. Na medida que captação e a estação de tratamento for finalizada, injetamos mais água”, garantiu o presidente da CSA.
O governador do Estado, Clécio Luís (SD), acompanhou a ligação da adutora. Ele lembrou que durante a campanha eleitoral, planejava-se muitas coisas para resolver o problema e em todos, o fim era o mesmo e relacionava o sistema de poços já utilizado no local.
“A CSA disse que a forma mais correta e segura para resolver era a interligar o residencial ao sistema central de abastecimento de Macapá. Assim fizemos. Vai mudar tudo em relação a dignidade das pessoas que moram aqui, ao direito ao uso da água boa, da água potável. Em relação à saúde, certamente os efeitos positivos da água boa também vão começa a surgir”, assegurou.