Da Redação
A Polícia Civil do Amapá divulgou, na tarde desta sexta-feira (30), que fez prisões em flagrante de cinco pessoas na Reserva Extrativista do Rio Cajari, a 30 km da entrada da cidade de Laranjal do Jari, sul do Amapá. Eles são acusados de explorar madeira de lei ilegalmente.
Além das prisões, foram apreendidas motosserras, duas motocicletas (que transportavam os serradores), cinco toras de maçaranduba, quaruba e angelim. O acampamento também foi destruído.
As prisões e apreensões ocorreram na operação “Tríplice Fronteira”, conduzida pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), com apoio da 1ª Delegacia de Laranjal do Jari.
O delegado Romie Bradley, titular da 1ª DP, informou que, na medida em que entravam na mata, as equipes passaram a ouvir os sons de motosserras em funcionamento. Os serradores foram presos manuseando os equipamentos. As toras seriam escoadas por dois ramais que atravessam a reserva.
O coordenador da Unidade de Conservação, Francisco Edemburgo, informou que a região é muito visada em função das espécies florestais de alto valor comercial. O ICMBio vem recebendo denúncias de moradores da reserva relatando ameaças dos serradores e caçadores.
Linhão
Segundo ele, os serradores utilizam o trajeto do Linhão de Tucuruí para abrir dezenas de sub-ramais e retirar a madeira. Os presos foram indiciados por crimes ambientais e passarão por audiência de custódia.
O ICMbio vai encaminhar relatório para Ministério Público Federal e Polícia Federal, que vão apurar quem comandava a exploração ilegal na unidade.