Da REDAÇÃO
A uma operação comandada pela Polícia Civil do Amapá resultou na prisão de três indivíduos e na apreensão de uma tonelada de fios de cobre, além de equipamentos eletrônicos e uma arma de fogo. O material ilícito era comercializado com siderúrgicas e industriais de outros estados, gerando um lucro estimado de R$ 350 mil por mês.
Segundo as autoridades, esses acusados, que têm idades entre 32 e 60 anos, fazem parte de uma quadrilha especializada em furtos de cabeamento metálico em vias públicas e torres de transmissão de internet, afetando o acesso à telefonia, internet e energia elétrica em Macapá.
A ação foi chamada de Operação Cuprum, que cumpriu 9 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (6).
Dezenas de sacolas com cabos já pesados foram apreendidas
Arma e munições encontradas com um dos investigados
De acordo com o delegado Ronaldo Entringe, adjunto da 6ª DPC, que coordenou a operação, as prisões foram flagrantes por desobediência à ordem judicial, posse ilegal de arma de fogo, receptação e possível associação criminosa. Os nomes dos acusados não foram divulgados pela polícia.
Segundo a polícia, os fios pertencem a operadoras de telefonia e internet Oi, Claro e Vivo, e à concessionária de energia CEA Equatorial.
Entringe explicou que a investigação apontou receptações vultuosas desses cabos antecedidas de centenas de furtos. Segundo ele, o material é comprado por sucatarias que atuam em Macapá, diretamente dos ladrões ou de pequenos ferros-velhos espalhados pela capital, que revendem o material ilícito para os empreendimentos maiores e de maior poderio financeiro –essas sucatarias que foram alvo das apreensões.
“A prática delituosa tem possibilitado aos infratores alvo da operação a realização de ‘negócios’ com siderúrgicas e indústrias de outros estados da federação num valor estimado de R$ 350 mil ao mês, comercializando o material ilícito”, reforçou o delegado.
Foram apreendidos cabos de internet, telefonia…
… e energia elétrica
A delegada Joseane Carvalho, titular da 6ª DPC, destacou que os prejuízos provocados pelos furtos, como a interrupção de fornecimento de acesso à internet e energia elétrica em órgãos públicos, estabelecimentos comerciais e usuários de Macapá e de outras cidades do estado.
“Esse tipo de ação visa combater o furto de fios de cobre, principalmente, utilizados em cabeamentos de telecomunicações, bem como de energia elétrica, pois o furto desse material resulta na interrupção de serviços de telefonia, internet e elétrico, sendo que não levamos em conta apenas o prejuízo material das empresas vítimas, mas, especialmente, o prejuízo que isso causa na sociedade como um todo, e, por isso, combatemos constantemente estas práticas criminosas”, complementou a delegada
Operação foi comandada pela 6ª DPC, com apoio das 1ª, 8ª, 9ª e 10ª DPCs, CORE, CECCOR e DECCP
O crime de furto qualificado prevê uma pena de reclusão de 2 a 8 anos; o de receptação qualificada (compra de material furtado) é mais severo, indo de 3 a 8 anos de prisão e multa, e da posse ilegal de arma de fogo, de 1 a 3 anos e multa.
A Operação Cuprum foi comandada pela 6ª DPC e teve a cooperação do Departamento de Polícia da Capital, das 1ª, 8ª, 9ª e 10ª Delegacias de Polícia da Capital, da CORE, da CECCOR e da DECCP. O nome da operação faz alusão à expressão em latim do metal cobre.