Caso Eldo: sem localizar condutor, promotor retira possibilidade de acordo

O condutor Miguel Ângelo não foi localizado, e perdeu a chance de suspender o processo
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Por IAGO FONSECA

O promotor de Justiça Tiago Diniz, do Ministério Público do Amapá, ofereceu denúncia contra o motorista que causou a morte do cabelereiro e empresário Eldo Duarte, de 42 anos, ocorrida em fevereiro deste ano, em uma rotatória na zona sul de Macapá.

A defesa do motorista Miguel Ângelo do Rosário Almeida Filho, de 40 anos, propôs no início desse mês o acordo com o MP para não ir a julgamento, de acordo com a família da vítima. Contudo, o promotor informa na denúncia que retira a oferta de um “Acordo de não persecução penal” (suspensão do processo) por não conseguir localizar o denunciado para ser intimado.

A ação penal acusa Miguel pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, com ênfase na falta de prestação de socorro à vítima. A pena pelo crime pode chegar a 4 anos, com proibição de obter habilitação.

Segundo o advogado que ajuda a família na acusação, o processo pode ser demorado e no decorrer do caso o motorista ainda pode ser beneficiado por um acordo. Nessa etapa, o denunciado ainda será intimado para apresentar defesa.

“Eu quero justiça. O meu filho não volta mais. Esse rapaz não pagou nada, não teve uma punição sequer. A vida tem um valor e somente pertence a Deus”, define a mãe de Eldo, Neci Maria Monteiro, de 70 anos.

Eldo com o irmão e sócio Eldai

Mãe e pai da vítima: “meu filho não volta mais” Foto: André Silva/SN

Trecho destacado na denúncia

Eldo era o esteio da família, conta a mãe. Empresário de shows e dono de um salão em parceria com seus irmãos, o cabeleireiro visitava seus pais idosos a cada dois dias para levar alimentos e cuidar das necessidades deles.

A colisão

Câmeras de vigilância registraram quando a picape de Miguel avançou a preferencial e Eldo não consegue parar a motocicleta, no início da manhã do dia 18 de fevereiro, na rotatória da Rodovia Josmar Chaves Pinto com a Rua Marola Gato. Era um sábado de Carnaval.

Testemunhas afirmam que o condutor desceu do veículo e se livrou de uma garrafa de vidro verde. Quando viu Eldo no chão, fugiu do local sem chamar a emergência.

Seles Nafes
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