Por IAGO FONSECA
As filas em postos de combustíveis de Macapá chegaram ao 7º dia consecutivo. A alta demanda de consumo e procedimentos de controle das distribuidoras têm provocado falta do produto em alguns estabelecimentos há uma semana.
Ainda assim, os responsáveis pelo segmento, como o Procon, sustentam que não há risco de desabastecimento de gasolina no Amapá.
As duas distribuidoras de combustíveis que atendem Macapá realizam um procedimento de ‘cadenciamento de adequação’, justamente para evitar o esgotamento do quantitativo mínimo do produto na base. Esse processo reduz a quantidade de abastecimento dos postos até que retorne o equilíbrio de consumo do produto.
Segundo informações apuradas pelo Portal SN, a escassez afetou inicialmente os postos que vendem exclusivamente da bandeira de produtos Petrobras. Devido aos protocolos de abastecimento das distribuidoras, não foi possível suprir a demanda desses postos imediatamente. Além disso, algumas empresas possuem contratos para manter reserva mínima aos veículos de serviços essenciais.
Os postos de combustível seguem um procedimento para reabastecer suas unidades. As empresas buscam o combustível na distribuidora em até 24h a partir da compra de reposição.
A propagação de notícias falsas sobre um possível desabastecimento e aumento no preço em grupos de WhatsApp e outras redes sociais são outro fator relevante. As fake news provocaram a ida em massa aos postos de abastecimento. O consumidor, que normalmente abastecia para dois ou três dias, tem enchido o tanque e carotes.
Até a manhã desta quinta-feira (3) foi possível identificar filas em vários pontos da cidade. Na zona norte, a fila do posto na Rua Vereador Júlio Pereira, no bairro Jardim Felicidade, começava BR-210 e chegou a alcançar cerca de 400 metros. No posto localizado em frente ao Parque do Forte, na região central, as filas dobraram o quarteirão por cerca de 250 metros.
Na tarde de ontem (2), os motoristas de veículos que foram abastecer em um posto na Avenida Feliciano Coelho, no bairro Trem, fizeram fila dupla na contramão da via enquanto aguardavam.
Segundo o Procon, que fez inspeção nas distribuidoras, houve o atraso de uma balsa, que leva de 2 a 3 dias para chegar ao Estado. Entretanto, o órgão de defesa do consumidor atestou que a fluidez de abastecimento entre distribuidoras e postos na última quinta e sexta de julho estava normal, por isso não haveria risco de desabastecimento.
“Macapá consegue receber de 200 mil a 3 milhões de litros de combustível. É suficiente para abastecer o mercado durante algum tempo, mas em cima do que está acontecendo, os postos que costumavam receber 5 mil a 10 mil por semana, estão acabando em 2 ou 3 horas”, explicou o fiscal de consumo do Procon, Luiz Genésio.
O portal SN entrou em contato com uma das distribuidoras de combustíveis que atende Macapá. Segundo a empresa, uma balsa chegou ontem e o serviço deve ser normalizado no decorrer do dia.