De vigilante a oficial da PM, major lembra da infância pobre ao ser promovido

Em solenidade no quartel, em Macapá, Governo do Amapá promoveu 196 policiai militares.
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Por OLHO DE BOTO

A Segurança Pública do Amapá ganhou 196 policiais mais bem treinados e preparados para elaboração e execução de operações para garantir a proteção da população.

São militares que foram capacitados para assumir novas atribuições e cargos mais elevados dentro da corporação, com a finalidade de desempenhar um serviço mais qualificado no combate à criminalidade.

A solenidade de promoção dos militares foi realizada nesta sexta-feira, exatamente no Dia do Soldado, que é comemorado em 25 agosto – uma das datas mais importantes para a instituição. A cerimonia ocorreu no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro Beirol, zona sul de Macapá.

Solenidade de promoção…

… ocorreu no Quartel do Comando Geral…

… Geral da Polícia Militar. Fotos: Olho de Boto e Carolina Machado

O comandante geral da PM do Amapá, coronel Adilton Corrêa, destacou que ascensão funcional do militar também representa o reconhecimento pelo trabalho executado na segurança da população.

O governador Clécio Luís (SD) lembrou que está foi a segunda promoção profissional da carreira militar da PM viabilizada pela nova gestão. Em abril foram promovidos mais 348 policiais.

Governador e cúpula da Segurança Pública estiveram na solenidade

De vigilante à oficial da PM

Além de orgulho, a cerimônia de promoção reuniu muitas histórias de superação. Entre elas está a do oficial Francisco Alves Cordovio Neto, agora major Alves Neto, após 5 anos como capitão.

Ele se emocionou ao lembrar da infância pobre em Macapá e da luta para conseguir realizar o sonho de ser policial. Antes de ser aprovado no concurso de oficiais (CFO) de 2010, ele já havia tentado o concurso para soldados seis vezes, sem sucesso.

Contudo, a fé em Deus fez com que ele não desistisse e mesmo virando plantões como vigilante em duas empresas privadas para conseguir levar o sustento para dentro de casa, ele continuou estudando até, finalmente, já com 29 anos~, veio a tão sonhada aprovação.

Alves Neto: Momento de orgulho com a família

“Era o último tiro, o último cartucho. Nunca desisti. Fiz seis concursos públicos para soldado. Deus me abençoou e hoje estamos aqui, trabalhando em prol da sociedade, do povo amapaense”, orgulha-se o major.

Sobre a promoção, ele afirmou que é um estímulo para trabalhar cada vez com mais entusiasmo.

“Isso é uma motivação para continuar. Por que aquele jovem lá atrás, quando entrou, com 29 anos, fazia o que da vida? Eu era vigilante, trabalhei como vigilante durante anos, mas nunca desisti do sonho de ser policial militar. Eu sempre falo que nós nunca devemos desistir dos nossos sonhos”.

Há 13 na PM do Amapá, Alves Neto trabalhou primeiramente no Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTRam). Ajudou o tenente-coronel Marques a fundar o Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE), em 2015, onde ficou por três anos. Integrou a equipe da Lei Seca, ação do Detran, onde desempenhou atividades por dois anos.

Agora major, Alves Neto comemora o oficialato

Nesses 13 anos de Polícia Militar, também integrou a equipe de Inteligência do Ministério Público. Atualmente, está lotado no gabinete militar da Assembleia Legislativa (Alap).

“Tenho orgulho de contribuir com Segurança pública, combatemos furtos e roubos de veículos, fizemos capturas de foragidos, apreendemos muitas de armas e drogas, tudo para proteger a comunidade amapaense, principalmente nas cidades de Macapá e Santana. Vamos continuar contribuindo ainda mais para que a gente possa ter um controle da violência e da criminalidade no estado. Me sinto um oficial honrado da Polícia Militar”, concluiu Alves Neto.

Amor ao Amapá

Outra história de amor à profissão é a do ex-capitão Hércules Lucena, que também foi promovido a major. Conhecido policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope), ele destacou que o reconhecimento da dedicação e trabalho ao longo dos anos é importante, não apenas para a carreira, mas também para toda a comunidade amapaense.

O oficial destacou que a promoção marca a transição para um novo papel, que envolve assumir funções de liderança estratégica, como a gestão de equipes, comandos de unidades e destaque no interior do estado.

Major Hércules Lucena comemorou com os filhos

Originário do Ceará, o major Hércules Lucena encontrou no Amapá um lar e um lugar para se dedicar à segurança pública. Reconhecido pela Assembleia Legislativa como cidadão amapaense, ele demonstra um profundo apreço pelo estado, que agora chama de casa. Sua família, que inclui uma filha e esposa amapaenses, ressalta o seu amor pelo Amapá.

“A minha filha é amapaense, minha esposa está aqui no Amapá, tem outro filho aqui de 11 anos também amapaense, então é um estado em que eu amo, um estado em que eu estou arriscando a minha vida diariamente com os companheiros em prol da defesa, nosso papel é esse, trabalhar com responsabilidade, com justiça com Deus à frente, nós temos muito Deus em nossas orações para que Ele guie as nossas ações”.

Desde 2014, com nove anos de serviço no Amapá, o Major Hércules Lucena tem desempenhado papéis cruciais em diversas áreas, desde a Companhia de Rotam até a Divisão de Inteligência e Operações do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Seles Nafes
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