Por IAGO FONSECA
O trio de atletas nortistas, velejadores de kitesurf, já avançaram 200 km dos 2200 almejados na aventura recordista iniciada no domingo (17) em Natal, no Rio Grande do Norte, com destino a Macapá, no Amapá. No primeiro dia, foram 173 km de muita água salgada, sol e imprevistos superados.
Os amapaenses Eliton Franco, Francimar Santos – Chumbinho, ambos de 45 anos, e o paraense Marcelo Gonçalves, de 49 anos, zarparam da praia de areia preta, em Natal, por questões de segurança para a decolagem, já que as praias da região possuem muitas rochas.
“Não vai ser um percurso fácil, temos a dificuldade da água salgada, muito sol e pontos críticos como a entrada de São Luís, no Maranhão, e depois os mangues que ficam entre São Luís e o Pará. A última derradeira será a travessia da baía do Marajó”, comentou Chumbinho em vídeo antes da partida.
Após saírem no domingo, o trio enfrentou algumas adversidades devido ao vento forte e regiões com presença de corais, que forçou os atletas a pararem algumas vezes.
Eliton perdeu o capacete, o celular molhou e a bolsa de hidratação de Chumbinho arrebentou durante o trajeto inicial. Quando chegaram na praia do Marco, para repousarem no fim do dia, Marcelo cortou os pés em uma área com corais.
Nesta segunda-feira (18), depois que recebeu medicação e curativos, Marcelo acordou melhor. Eles saíram da praia por volta das 9h40 com destino ao Ceará, o segundo dos seis estados que passarão durante a viagem. Segundo o itinerário, devem avançar mais 180 km no decorrer do dia, com parada para dormir na praia de Lagoinha, no Ceará.
O recorde
O trio de velejadores busca bater o recorde mundial de 2200km sem apoio náutico, entre seis estados no litoral brasileiro. A prática de velejo com hidrofólio sem acompanhamento por embarcações é inédita.
Os atletas passarão 13 dias velejando a 20 km mar adentro apenas com água potável, ração humana, medicamentos e equipamentos de localização via satélite até Macapá (AP), com chegada prevista para a tarde de sábado (30).
Com previsão de avanço de 200 km por dia em velocidade média de 30 km por hora, eles farão pausas em praias e florestas para se alimentar e descansar durante parte da tarde e à noite.
Eles viajam com um aparelho de mapeamento cartográfico e um comunicador para envio e recebimento de mensagens via satélite com botão ‘SOS’ que notifica familiares, marinha e demais autoridades para resgate.