Nesta terça-feira, 16, servidores do setor de Infraestrutura do Estado, que inclui engenheiros, geólogos e técnicos em edificações, anunciaram a paralisação das atividades por tempo indeterminado. A categoria optou pela greve por não ter recebido uma proposta de reajuste do governo. Com a paralisação o setor de Infraestrutura pode ter perdido hoje um convênio de R$ 3 milhões.
“Nós temos uma lista de pautas pequenas, sendo que a principal é o aumento salarial de 40% referente ao piso salarial nacional da categoria que nunca foi implantado no Amapá, apesar de estar em vigor a Lei 4950-A que determina o valor do salário dos servidores da Infraestrutura”, argumentou o delegado do sindicato e responsável pelas negociações, Fernando Antonio Santos, do Sindicato dos Engenheiros.
Entre os pedidos também está o aumento da remuneração para os servidores que se especializarem. A categoria reclama que, diferente de outros setores do governo, eles são os poucos que não ganham aumento salarial quando avançam na graduação. Os servidores também pedem a regulamentação da lei de cargos, carreiras e salários.
“Decidimos pela paralisação porque já havíamos enviado nossas pautas ao governo e não tivemos nenhuma contra proposta, apenas um pedido para que a categoria, junto com a Seplan e a Sead, montasse uma comissão para debater os pedidos sem apresentar nenhum percentual de aumento. Ou seja, sem proposta a categoria decidiu cruzar os braços a partir de hoje”, acrescentou Fernando.
Perdas
Hoje a categoria tem aproximadamente 150 servidores, um número baixo se comparado ao maior sindicato do estado, o dos servidores da educação, mas pode deixar grandes prejuízos.
Hoje era o prazo final para que a Seinf enviasse um parecer ao Governo Federal sobre um repasse de R$ 3 milhões destinado a obras. “Mas como a categoria não recebeu resposta sobre as reivindicações, começamos a greve e os trabalhos referentes a obras também pararam. O prazo não foi cumprido e o governo vai perder esse dinheiro. O que precisamos é chamar atenção do governo para iniciarmos as negociações, para a categoria perceber que podemos chegar a um acordo que seja bom para os dois lados”, concluiu.
A categoria permanece parada em protesto em frente a Seinf a partir desta quarta-feira, 17.