200 celulares apreendidos na cadeia voltarão aos donos: ‘são armas’, diz diretor

Aparelhos foram encontrados em revistas de rotina no Iapen; informações extraídas serão usadas em dezenas de inquéritos
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Por IAGO FONSECA

Duzentos celulares apreendidos durante revistas de rotina e operações policiais no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), serão devolvidos aos reais proprietários. Os aparelhos furtados e roubados eram utilizados por presos para comandar crimes fora da prisão.

Uma cooperação entre o Iapen e a Polícia Civil resultou na investigação e análise dos aparelhos recuperados. A polícia fará o contato e confirmação documental com os proprietários que realizaram boletins de ocorrência com o número Imei dos dispositivos.

“As informações contidas nesses aparelhos são essenciais para subsidiar inquéritos policiais e outros procedimentos. Daqui vão sair outras ações pela Draco, pela DTE, pela Homicídios, informações em que várias unidades policiais irão trabalhar”, afirmou o delegado geral da Polícia Civil, Cezar Vieira.

Somente em 2023, 1 mil aparelhos celulares foram apreendidos dentro do instituto penitenciário, com a intensificação das fiscalizações e revisão dos protocolos de entrada e revista pelos policiais penais, de acordo com o diretor do Iapen, delegado Luiz Carlos Gomes.

Diretor do Iapen, delegado Luiz Carlos, e delegado geral de polícia, Cézar Vieira. Fotos: Iago Fonseca

Conteúdos extraídos vão ajudar em outras investigações

“Vale destacar que um aparelho celular dentro de um presídio é uma arma na mão de um criminoso, porque através desses aparelhos, dessa comunicação, ele consegue organizar o crime na cidade e ordenar execuções de homicídios, de roubos, que atingem a nossa população”, complementou o diretor.

O instituto associa a redução de 64,29% nos crimes violentos e letais, entre os meses de setembro a novembro, às mudanças de protocolos para entrada de objetos. Parte dos celulares foi apreendida durante as duas fases da Operação Mute, que atuou em todos as penitenciárias do país para silenciar e combater a comunicação entre faccionados.

“Essa integração de forças e os resultados positivos que nós conseguimos apresentar agora no final deste ano, refletem na redução de homicídio”, concluiu o delegado Luiz.

Seles Nafes
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