Por SELES NAFES
O desembargador Carlos Tork, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), suspendeu nesta sexta-feira (19) a liminar que tinha afastado toda a diretoria da Federação Amapaense de Futebol (FAF), incluindo o presidente Roberto Góes (UB). O magistrado marcou uma audiência entre os dirigentes da entidade e do Santos Futebol Clube, autor da ação principal.
A liminar foi concedida esta semana pela juíza Alaíde de Paula, da 4ª Vara Cível de Macapá. Ela acatou o argumento do clube de que as reconduções sucessivas de Roberto Góes (5 vezes), os votos dos clubes que não participaram de competições e falta de publicidade do edital das eleições tornaram ilegal a eleição de janeiro de 2022.
A FAF recorreu ao tribunal com um “agravo de instrumento” negando todas as acusações, acrescentando que nunca recebeu recursos públicos e que a magistrada teria sido enganada na petição inicial do clube.
Ao analisar o recurso, o desembargador entendeu que faltam provas das cinco reconduções e de que o edital foi publicado apenas uma vez, quando deveriam ter sido três.
“Assim, a esse respeito necessário a dilação probatória para que se esclareçam os fatos”, comentou.
Ele também concluiu que não há urgência, já que os atuais dirigentes conduzem a FAF há mais de dois anos. Tork determinou que todos os envolvidos sejam intimados para uma audiência de conciliação, antes que o processo seja julgado em definitivo.