Por IAGO FONSECA
Cemitérios de Macapá passarão por grandes reformas nos próximos três meses. Os espaços contarão com nova iluminação, calçadas, paisagismo e reconstrução total dos muros, reformas das capelas e áreas administrativas.
As intervenções são parte do Programa Jardim de Memórias, lançado pela prefeitura de Macapá na manhã desta sexta-feira (2). A proposta é tornar o espaço mais acolhedor e seguro em respeito à memória das pessoas sepultadas e às famílias que visitam o local, bem como transformar os cemitérios em pontos de encontro em turismo.
“É um projeto que a gente sonhou há muito tempo, um novo modelo de gestão dos cemitérios da cidade de Macapá. Mudamos completamente o status que hoje os cemitérios se encontram, serão locais seguros, acolhedores, onde as pessoas possam ir para ter aquele momento com seu ente querido, com tranquilidade, num local bonito e que também se integrará à arquitetura da cidade”, afirma o prefeito de Macapá, Dr. Furlan (PODE).
A ideia é fazer com que hoje esses espaços, considerados muitas vezes sombrios se tornem lugares de luz, de paz e acolhimento, reforça o prefeito.
“Em vários cantos do Brasil, também fora do país, cemitério é local de leitura, de visitação, funciona até como ponto turístico de arquitetura, lá temos aqueles entes falecidos que possuem uma história relevante na sociedade, como não falar de Alcy Araújo, do Sacaca, e de tantos outros nomes?”, declara Furlan.
As obras serão executadas inicialmente nos cemitérios São Francisco, na Zona Norte, e São José, no bairro Santa Rita, até o dia das mães, segundo o prefeito. Os muros dos cemitérios serão derrubados e grades serão instaladas para visualização externa. O projeto conta com emendas da Deputada Federal Silvia Waiãpi (PL) e do Deputado Federal Acácio Favacho (MDB), mais contrapartida do Tesouro Municipal de cerca de R$ 6 milhões.
Para o deputado federal Acácio Favacho (MDB), o programa humaniza a cidade de Macapá.
“Tivemos a oportunidade de pensar ele e alocar recursos para dar segmento nessa obra, que é importante para a gente humanizar Macapá”, reforça o deputado.
“Sempre falo a expressão ‘quem são os seus mortos?’ Um povo que não preserva a sua identidade e nem guarda a memória dos seus mortos não sabe de onde veio e não sabe para onde vai. O Amapá é o único ente federativo cujo seu povo lutou para ser brasileiro. Diferentes homens e mulheres tombaram para que nós fossemos brasileiros, nós descendemos dessas pessoas que ajudaram a transformar a história do Brasil e não é justo que essas memórias sejam apagadas”, concluiu a deputada federal Silvia Waiãpi.